O presidente Lula não incluiu oito dos 26 estados brasileiros em sua agenda de compromissos ao longo de 2023, conforme já havia previsto a apuração do Conexão Política no fechamento/virada de ano. Minas Gerais, Acre, Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins ficaram fora dos roteiros do petista no primeiro ano de mandato.
Em contrapartida, o presidente fez questão de estabelecer presença em mais de 20 países ao redor do mundo. Em um total de mais de 60 dias dedicados a viagens internacionais, a agenda de Lula foi marcada por deslocamentos que geraram críticas, em uma espécie de “tour milionária”.
A extensa agenda de viagens, que se assemelha a uma agenda de estrela pop, levanta questionamentos sobre a ausência tão longa no próprio país, como a crise desencadeada pelas chuvas no Rio Grande do Sul no segundo semestre do ano. Lula não se fez presente diante da tragédia que atingiu a população gaúcha.
Um dos redutos esquecidos que mais chama atenção é Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. O estado, governado por Romeu Zema, é chave não apenas por sua dimensão, mas pelo resultado acirrado durante as eleições de 2022.
Apesar de o eixo mineiro representar um fator de peso histórico no cenário político nacional, Lula parece não estar se importando com o pós-eleição, mesmo às vésperas das disputas municipais.