O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), assinou um decreto que limita a expansão dos radares de trânsito na cidade. O decreto, veiculado no Diário Oficial desta quinta-feira (11), estipula que “fica proibido o aumento do número de radares de trânsito no Município de São Paulo”.
Qualquer modificação no total de radares, a partir de agora, vai requerer “análise prévia dos critérios técnicos, viabilidade operacional e necessidade comprovada de segurança viária”. Segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), atualmente existem 877 radares de fiscalização de trânsito em toda a cidade de São Paulo.
A publicação do decreto vem logo após a CET anunciar que iniciaria “a instalação e substituição dos dispositivos de fiscalização eletrônica existentes” na capital paulista. A companhia municipal havia divulgado em seu site oficial, na segunda (8), que planejava contar com “1.538 pontos de fiscalização eletrônica ao longo dos 20 mil km de vias da cidade”, instalados através de nove contratos.
A divulgação da expansão dos radares foi retirada do site da CET pouco antes da publicação do decreto pelo prefeito. Durante um evento na manhã desta quinta-feira, Nunes reforçou que o número de radares permanecerá inalterado e que qualquer aumento só ocorrerá após análises técnicas prévias.
“Foi uma falha da CET junto com o secretário de Trânsito. [Com] o puxão de orelha que eu dei, eles aprenderam agora”, afirmou Nunes. Segundo ele, a política da atual gestão municipal “não é de ficar colocando radar para arrecadação”, mas de “fazer a conscientização” da população.