O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), se emocionou nesta sexta-feira (8) durante uma homenagem ao ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, assassinado pelas costas durante um ato político às vésperas das eleições no país.
Em uma solenidade militar em Pirassununga (SP), o chefe do Executivo caracterizou o ocorrido como “o risco dos bons” e que, “na maioria das vezes, o inimigo não está lá fora, está dentro da nossa própria pátria”.
Mais cedo, por meio das redes sociais, o mandatário lamentou o crime e anunciou que o governo brasileiro decretaria luto oficial de três dias. No evento, a bandeira ficou a meio mastro.
“Hoje pela manhã, uma triste notícia abateu todo o mundo. Do outro lado do mundo, a 20 mil km de distância, o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe foi assassinado. Fazia ele um ato em público quando a fatalidade aconteceu”, declarou Bolsonaro.
“Me traz à memória os momentos que estive com ele no Brasil e no Japão e o carinho que temos pela comunidade japonesa que vive em nosso país”, acrescentou. Em sua fala, o líder brasileiro classificou o ex-premiê como “um homem afável, inteligente e patriota”.
“Agora há pouco foi publicado no Diário Oficial três dias de luto. Por isso, a nossa bandeira a meio mastro”, disse o presidente, que determinou toque de sentido e de silêncio aos militares em meio ao evento e chorou ao ouvir o som da corneta.
Embora não tenha feito referência direta ao episódio, Jair Bolsonaro também foi alvo de um atentado durante a campanha eleitoral de 2018, quando ainda era candidato à Presidência. Na ocasião, ele sofreu uma facada no estômago, foi socorrido e passou por diversas cirurgias desde então.
No caso de Abe, a possível motivação do ataque ainda não foi esclarecida. O crime crime contra Bolsonaro, por sua vez, já foi julgado pela Justiça Federal, mas segue envolto por uma série de mistérios, especulações e perguntas a serem respondidas.