O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (24) que não existe ‘base constitucional’ para uma intervenção federal no Rio de Janeiro.
Dino se manifestou após uma segunda-feira (23) de caos na capital, com 35 ônibus incendiado, além de um trem, como reação à morte do sobrinho de um miliciano.
“Precisa de completa anomia e ausência do governo, coisa que não está configurada. Não há esse estudo, esse debate, e não teria base constitucional para a intervenção federal”, disse o governista, que mencionou a ampliação da presença da Força Nacional no estado, com 300 agentes e 86 viaturas mobilizadas no Rio.
O ministro falou que apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a sugestão de reforçar a segurança pública do Rio com as Forças Armadas “em algumas áreas”.
“É impossível substituir o trabalho dos estados, estamos complementando e debatendo o tema da participação das Forças Armadas em algumas áreas”, disse Dino.
Além da Força Nacional, os efetivos da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal no Rio também devem ser ampliados. Há, conforme o ministro, 20 policiais civis de outros estados trabalhando na investigação de facções criminosas do Rio.