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O Narcoditador Nicolás Maduro foi empossado nesta última quinta-feira (10) para seu segundo mandato (2019 a 2025) como Presidente venezuelano. A Assembleia Nacional do país não reconhece a legitimidade das eleições. A cerimônia foi realizada no Supremo, cujo o presidente legítimo precisou fugir da Venezuela para não cair nas garras da ditadura.
Aproximadamente 40 países não reconhecem a legitimidade de Maduro, dentre eles estão a União Européia, Estados Unidos, Canadá, os 13 países do Grupo de Lima, do qual o Brasil faz parte e diversos outros.
Maduro, no entanto, conta com o apoio da Rússia e da China. Enquanto uma boa parcela de militares não está ao lado do narcotraficante, muitos deles foram detidos e torturados por “conspirar” contra o governo. As Forças Armadas do país declarou lealdade absoluta a Nicolás.
Na cerimônia de posse ele declarou que “não teme a oposição ou países que poderiam romper ou diminuir o nível de relação diplomática e cercá-lo financeiramente”.
Sob um governo narcoditador, há muitos anos a Venezuela vem passando por crises em todos os setores. Entre os anos de 2004 e 2015, o país recebeu US$ 750 bilhões com a venda de petróleo. Na época o governo de Chávez utilizou o dinheiro para financiar desde programas sociais a importações de tudo que o país consumia. Em 2014, com a queda do valor do petróleo e a baixa produção venezuelana, a dívida externa teve um acréscimo de cinco vezes. Aumentando exponencialmente o narcotráfico, que hoje, representa parte significativa da renda. O narcotráfico é para eles como uma política de Estado, que mantém o sistema político.
Dentre às medidas mais autoritárias, Maduro anulou a realização do referendo que revogaria seu mandato, porém a comunidade internacional reconheceu as assinaturas dos cidadãos, coletadas pela Assembleia Nacional. Em outro ato, Maduro determinou a criação de uma Assembleia Constituinte que, não teve a participação da oposição por não contar com as garantias mínimas,. Maduro também retirou poderes do Parlamento eleito democraticamente e liderado por opositores, e perseguiu juízes que seguiam a Constituição. Além de moldar o Tribunal Supremo de Justiça ao seu estilo.
Em fevereiro de 2018, uma pesquisa mostrou que nove em cada dez venezuelanos vivem abaixo da linha da pobreza, e mais da metade deles estão no patamar da pobreza extrema. O cenário de apagões, falta de comida, remédios, transporte e água e hiperinflação, com um salário mínimo que permite a compra de um quilo de leite em pó, provocou uma emigração em massa nos últimos quatro anos.
Em meio a todo este cenário de caos, em 2016, um grupo de pessoas foi tomado por um sentimento de patriotismo e assim nasceu o Movimento Rumbo Libertad. Cuja a principal visão é da liberdade como valor supremo do homem e da política como a realização do indivíduo com a sociedade, bem como o ambiente ideal para livre mercado, no interesse da existência de acordos voluntários, sem a presença de coerção estatal.
Milhares de venezuelanos pediram asilo no exterior, como dado oficial: ao todo 2,3 milhões de pessoas deixaram o país. Segundo Roderick Navarro, líder do Movimento Rumbo Libertad, esse número agora se aproxima de 4 milhões.
O movimento Rumbo Libertad iniciou as atrativas que articularam internacionalmente o ambiente para a transição legítima de governo, entregando ao Tribunal Supremo de Justiça, cujo o Presidente legítimo está em exílio, uma solicitação composta por uma proposta de transição de governo e de nomeação de um grupo transitório, realizando também diversas reuniões. A proposta é que este grupo não trabalhe na Venezuela enquanto Maduro não for retirado do poder, mas em um provável país amigo, como o Brasil, abrindo dessa forma todas as portas para negociações políticas e de recebimento de ajuda humanitária.
O Parlamento venezuelano, empossou seu novo Presidente, Juan Guaidó que rejeita a legitimidade das eleições. No entanto, segundo o grupo, Guaidó faz parte do Voluntad Popular, um partido ligado a internacional socialista e de falsa oposição.
Essa estratégia é conhecida no Brasil como a “estratégia das tesouras” quando duas faces de uma mesma moeda fingem ser oposição uma à outra.
“Na Venezuela quase ninguém quer Maduro, nem a maioria dos militares, mas infelizmente os representantes de todos os partidos políticos possuem algum vínculo com o regime. Tem muitos militares, policiais patriotas e civis tentando conseguir a liberdade, mas no plano político não tem ninguém que seja capaz de assumir a liderança política para recuperar o território e desenvolver um plano de recuperação do país”, diz Roderick Navarro.
Hoje, o Movimento Rumbo Libertad possui o apoio de milhares de pessoas, estudantes venezuelanos e estrangeiros — sociedade em geral, importantes políticos de outros países — inclusive do Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, diplomadas, juristas e diversos líderes.
O povo venezuelano está agora motivado pelo apoio internacional, pois acham este, o único mecanismo que pode ter força suficiente para acabar com a ditadura e restabelecer a democracia. Eles olham para o Presidente brasileiro Jair Bolsonaro com enorme esperança, pois por 14 longos anos o Brasil foi complacente com os terríveis atos ocorridos na Venezuela. Lula, o ex-presidente presidiário manteve relação de apoio e companheirismo com Maduro durante todo período.
O Ex-Presidente brasileiro é considerado um dos principais responsáveis pela crise venezuelana.
Com informações, Julliene Salviano