O Partido dos Trabalhadores (PT) segue avançando em estratégias para consolidar a candidatura do ex-presidente Lula em 2022.
Nos bastidores da sigla, conforme apurado pelo Conexão Política, petistas estão convencidos da necessidade de romper alianças somente no campo esquerdista. Lula, que está convicto da vitória em 2022, almeja traçar as mesmas condições adotadas em 2002, quando formou um pacto em frente ampla, abrindo espaço para o bloco do centrão.
O Conexão Política também apurou que o petista está querendo estreitar laços com a classe empresarial, afastando a retórica adotada pela esquerda para ‘demonizar’ as ideias e políticas liberais.
O partido, que acenou positivamente para a dona da Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, sem ter feito nenhum convite oficial, tem dado continuidade a série de acenos antecipados para não gerar um impacto imediato nos simpatizantes que não aderem a possibilidade de aproximação com empresários.
Lula e Dilma, que durante seus governos tiveram o apoio direto do centrão em suas bases, sabem que o cenário de 2022 não haverá possibilidade apenas para nomes exclusivamente da esquerda.
A partir de agora, o ex-presidiário vai intensificar uma agenda política pelo Brasil, principalmente no Nordeste, que já foi um forte reduto petista. Além da região nordestina, o ele também vai mirar em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Em Minas, a aposta é em Dilma Rousseff e Fernando Pimentel como cabos eleitorais do partido.
No Rio de Janeiro, Lindbergh Farias e Benedita da Silva continuam sendo apontados como grandes nomes que serão responsáveis por aproximar o eleitorado fluminense do líder petista.
Já no Rio Grande do Sul, Miguel Ronssetto, Paulo Paim e Paulo Pimenta são as figuras que devem rodar o estado gaúcho para tentar captar votos para o PT, visando a vitória de Lula.