O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atualmente em seu terceiro mandato presidencial, alcança a metade de sua gestão com apenas 36% de aprovação, segundo a mais recente pesquisa do Datafolha. O índice reflete o desempenho desapontador do governo, que tem causado descontentamento até mesmo entre os simpatizantes e apoiadores que o elegeram.
Lula, eleito com diversas promessas, não tem conseguido cumprir os compromissos feitos durante sua campanha. Uma de suas principais promessas foi pacificar o país, mas essa intenção foi rapidamente desfeita quando, em seu discurso de vitória, ele passou a atacar seus opositores com adjetivos depreciativos.
Desde os eventos de 8 de janeiro, Lula tem adotado uma postura de criminalização e perseguição dos opositores que participaram dos atos de oposição ao seu governo, rotulando-os como terroristas e acusando-os de tentativa de golpe de Estado. No entanto, esses eventos foram caracterizados por vandalismo e depredação, mas sem evidências de uma tentativa de golpe.
Em uma clara contradição, Lula chegou a atacar a ideia de influenciar a Suprema Corte com indicações amigas, mas indicou Cristiano Zanin, seu advogado pessoal, e Flávio Dino, seu aliado político, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, prometeu uma equipe de governo composta por técnicos, mas as nomeações ministeriais foram amplamente vistas como escolhas puramente políticas.
A gestão ambiental, que foi um ponto de crítica ao governo Bolsonaro, enfrenta um dos piores momentos, com queimadas históricas na Amazônia, Caatinga e Pantanal. Em termos financeiros, o governo Lula registra aumentos de gastos e déficits comparáveis aos níveis da pandemia, sem a justificativa de uma crise sanitária.
A percepção econômica entre os brasileiros tem piorado, com pesquisas indicando um aumento no pessimismo sobre a economia e um crescimento no número de pessoas que preveem mais inflação e desemprego. Além disso, também há um aumento na percepção de deterioração da situação econômica pessoal.
Internacionalmente, o governo Lula enfrenta críticas de perseguição a opositores, com o Congresso dos Estados Unidos apontando graves violações de direitos humanos e pressionando autoridades brasileiras, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, a presidente do TSE, ministra Carmen Lúcia, e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. O Brasil, depois de muitos anos, corre o risco real de sofrer sanções duras da maior potência mundial.
Ver o governo Lula à frente do Palácio do Planalto é como vê o Brasil agonizar em praça pública.