Fundada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a empresa de conteúdo Brasil Paralelo foi idealizada em um pequeno espaço de coworking no ano de 2016.
À época, no comando do projeto, um trio de universitários. São eles: Felipe Valerim; Lucas Ferrugem e Henrique Viana. Cinco anos depois, a empresa de educação e entretenimento chega ao final de 2021 com números que impressionam até mesmo quem não faz parte do segmento corporativo.
Desde a sua fundação, o empreendimento obteve cerca de R$ 118 milhões em faturamento, sendo considerada um modelo de autossustentabilidade, empregando mais de 170 colaboradores. Toda essa estrutura é bancada sem a participação do erário público, o que é algo muito difícil no mercado midiático, e que seus fundadores fazem questão de ressaltar em cada entrevista concedida à imprensa.
Vivenciando um crescimento avassalador, o objetivo da Brasil Paralelo é tornar-se o veículo de comunicação mais influente no ecossistema cultural do país. Há quem duvide dessa pretensão que, para quem está de fora, pode soar utópica ou pouco provável. No entanto, os números conquistados mostram que a intenção deixou de ser um sonho distante.
“Analisando o nosso crescimento, percebemos que os nossos cinco primeiros anos são mais bem sucedidos do que os cinco primeiros anos da Rede Globo”, afirma o site da produtora, em menção à emissora brasileira que é líder absoluta em audiência e cujo faturamento chega a ser mais que o dobro de suas principais concorrentes.
Streaming
No ano passado, a Brasil Paralelo faturou cerca de R$ 30 milhões, consolidando crescimento de 335% em relação a 2019, já descontada a inflação. Em 2021, foi ainda mais além, alcançando mais de 15 milhões de espectadores únicos, tendo o seu público ampliado em 50% comparado a 2020.
Um dos carros-chefes a ser responsável pelos indicadores meteóricos é a inovadora “BP Select”, plataforma de streaming recém-lançada, com aplicativo para smartphones e TVs. Sob o slogan ‘aperte o play sem medo’, promete ser uma alternativa existente ao consumidor insatisfeito com o bombardeio de ideologias introduzidas em produções cinematográficas.
A ‘BP Select’ também apresenta atrações de cunho infantil. De acordo com a empresa, esse tipo de demanda tornou-se motivo de preocupação e interesse do público que acompanha os trabalhos do grupo.
No catálogo, constam desenhos educativos como “Bob, o Construtor”, “Caillou” e “Moranguinho”, que proporcionam conteúdos além da diversão, sendo uma importante ferramenta para o aprendizado dos pequenos.
Deste modo, a novidade propõe-se a ser “o primeiro e único do mundo com: filmes de ponta, programação infantil, produções originais e análises completas”, garantindo a todos os interessados “um catálogo seguro, sem excessos e que refletem os valores da Brasil Paralelo”.
Futuro
A assinatura da ferramenta de streaming ‘BP Select’ custa, por ano, R$ 228. A quantia pode ser parcelada em R$ 19 por mês, preço que — segundo a empresa, gira abaixo da concorrência.
Além de todos os pontos mencionados, a Brasil Paralelo oferta cursos sobre história, economia, filosofia, ciência política, arte e educação.
No cenário atual, o grupo conta com mais de 260 mil assinantes e tem a meta de atingir 500 mil membros até o final de 2022. Para isso, já prepara ‘lançamentos de peso’ para o próximo ano, com difusões de novos documentários, filmes e programas, incluindo obras no tocante a temáticas como eleições e segurança pública.
Operando em passos largos, a próxima grande aposta deve situar-se em entrar no mercado corporativo, concedendo planos específicos para empresas.
Mais informações podem ser obtidas no site da Brasil Paralelo, incluindo detalhes sobre os pacotes ‘Brasil Patriota’, ‘Núcleo de Formação’ e ‘Acesso Total’ — este último correspondente a todo o conteúdo do catálogo em uma única assinatura.