O balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia aponta que, em 2019, o nível de emprego registrou saldo positivo no acumulado do ano. Ao todo, foram gerados 644.079 postos de trabalho, um aumento de 21,63% se comparado a 2018 e o melhor resultado alcançado desde 2013.
Os dados foram anunciados nesta sexta-feira (24) pelo secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcomo.
“É um resultado muito expressivo. O ano de 2019 é um registro da retomada da economia brasileira, uma retomada sustentada e baseada nos principais setores. Tivemos números positivos em todos os setores, mas, principalmente, em Comércio e Serviços. A Construção Civil e a Indústria retomaram um crescimento depois de muitos anos de diminuição no número de empregos”, destacou o secretário.
Esse é o segundo ano consecutivo de crescimento de abertura de vagas com carteira assinada. Em 2018, foram contabilizados 529.554 novos postos.
“É algo para se comemorar, especialmente porque a economia vem numa rota progressiva de crescimento e aceleração que tende a se fortalecer ao longo de 2020. O crescimento em todos os setores é uma característica da retomada da economia brasileira e da confiança do empresariado na política econômica adotada pelo governo”, asseverou o secretário Dalcomo.
Para 2020, a expectativa do Governo Federal é que sejam gerados um milhão de novos empregos.
“Os números oficiais do governo são de um crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] na ordem de 2,5%, mas há operadores de mercado que já falam de um crescimento de 3%. Se isso acontecer, é provável que nos aproximemos do volume de um milhão de novos empregos”, defendeu Dalcomo.
Serviços lidera criação de vagas
Segundo os dados do Caged, o setor de Serviços registrou o maior saldo positivo no ano. Foram contabilizadas quase 7 milhões de admissões e pouco mais de 6,5 milhões de desligamentos, ou seja, cerca de 382 mil postos a mais que em 2018.
Números regionais de emprego
No recorte geográfico, em números totais, a região Sudeste foi a que mais se destacou na criação de novos empregos. Percentualmente, o Centro-Oeste foi o que mais apresentou crescimento.
Sudeste: +318.219 postos (+1,50%)
Sul: +143.273 postos (+2.01%)
Nordeste: +76.561 (+1,21%)
Centro-Oeste: +73.450 (+2,30%)
Norte: +32.576 (+1,82%)
Salário
Houve aumento real também nos salários. No ano, o salário médio de admissão nacional foi de R$ 1.626,06 e o salário médio de desligamento foi de R$ 1.791,97.
Em termos reais (mediante deflacionamento pelo INPC), registrou-se crescimento de 0,63% para o salário médio de admissão e de 0,7% para o salário de desligamento, na comparação com novembro do ano passado.
Com informações, Ministério da Economia.