O economista Gabriel Galípolo foi nomeado, nesta segunda-feira (30), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como o novo presidente do Banco Central (BC). A confirmação foi feita inicialmente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e posteriormente ratificada por meio de nota do Palácio do Planalto.
Galípolo assumirá o cargo no lugar de Roberto Campos Neto, que foi indicado por Jair Bolsonaro (PL). Ele terá um mandato de quatro anos, fixo e independente, a partir de 1º de janeiro de 2025, permanecendo no posto até o fim de 2028, sem possibilidade de destituição pelo governo federal.
Atualmente, Galípolo ocupa a diretoria de Política Monetária do Banco Central e esteve envolvido nas campanhas de Lula, além de participar das equipes de transição e do Ministério da Fazenda, sob a liderança de Haddad.
Sua gestão substituirá a administração anterior, alvo de críticas de Lula, especialmente no que diz respeito à condução da taxa básica de juros, a Selic. No entanto, nas recentes decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), até mesmo os diretores indicados pelo atual governo votaram a favor de manter a alta dos juros como forma de controlar a inflação.
Além de Galípolo, Lula nomeou três novos diretores para o Banco Central: Izabela Correa, que assumirá a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta; Gilneu Vivan, para a diretoria de Regulação; e Nilton David, na diretoria de Política Monetária.
Galípolo já acumulou uma série de cargos em sua trajetória. Em 2022, ele integrou a equipe de transição de governo e, no ano passado, foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, cargo mais relevante abaixo do de ministro.
Durante as férias de Campos Neto, em julho de 2024, exerceu temporariamente a presidência do BC.
Mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde também leciona, Galípolo é professor no MBA de PPPs e Concessões da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em parceria com a London School of Economics.
No início de sua carreira, ele atuou como chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, em 2007, e no ano seguinte, dirigiu a Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do mesmo estado.