A prefeitura de Criciúma/SC decidiu autorizar que os servidores públicos se afastem das atividades e fiquem em casa. No entanto, para isso, terão de abrir mão do salário.
O anúncio foi feito pelo prefeito da cidade, Clésio Salvaro (PSDB), nesta última quarta-feira (17).
Em vídeo publicado nas redes sociais, ele criticou as pressões que vem sofrendo por parte da imprensa e políticos da região, que cobram a administração municipal por medidas mais restritivas para conter a disseminação da covid-19.
Lockdown não remunerado na prefeitura. 👇🏻#ClesioSalvaro #Criciuma #SantaCatarina pic.twitter.com/bqvteHnKfj
— Clésio Salvaro (@ClesioSalvaro) March 17, 2021
“Estou assinando o decreto de lockdown na prefeitura de Criciúma — lembrando só um detalhe: lockdown sem remuneração”, declarou. “Não quer vir trabalhar? Não tem problema. Quer se cuidar? Ótimo! Pode ficar em casa, mas não receberá salário”, acrescentou.
“É muito fácil pedir lockdown com a geladeira cheia e o salário garantido”, completou Salvaro.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Criciúma e Região (Siserp), Jucélia Vargas, afirmou que a categoria recebeu o decreto com indignação.
“Ninguém aqui falou em lockdown, que todo mundo queria ficar em casa. Ninguém quer ficar em casa no sofá comendo pipoca. Mas todos estamos amedrontados”, disse.
O texto do decreto prevê que os servidores poderão, “por questões pessoais, solicitar a licença para tratamento de interesses particulares, sem remuneração, tendo como justificativa a pandemia”.
Até as 10h desta quinta-feira (18), nenhum pedido havia sido feito. O município tem 4,1 mil funcionários públicos aptos para solicitar a licença.