O economista Gabriel Galípolo, que é considerado um possível sucessor de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central (BC), expressou nesta terça-feira (4) seu apoio à criação de uma moeda comum entre o Brasil e outros países.
De acordo com ele, essa nova moeda não substituiria o real, mas facilitaria transações internacionais comuns, reduzindo a dependência do dólar. Apesar de ser apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ideia tem sido alvo de críticas por parte de diversos analistas econômicos.
No entanto, Galípolo argumenta que essas críticas surgem de uma “compreensão e denominação equivocadas”, uma vez que a proposta não invalidaria a moeda nacional, diferentemente do que ocorreu na criação do euro.
“Esse tipo de solução […] visa justamente garantir a maior possibilidade de livre comércio entre os países, de interação econômica entre os países, mas também de que o Brasil não perca espaço, como vem perdendo, na balança comercial de outros parceiros para países que vem implementando soluções”, disse Galípolo durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado.