Uma prática comercial tem sido cada vez mais frequente em clubes de futebol do Brasil. A cada semana, um novo time anuncia uma parceria para criar o seu próprio fan token, um criptoativo.
A instituição mais recente a aderir ao formato de negócio foi o Palmeiras, que se juntou a Socios.com para lançar a $VERDAO nos próximos meses. Outros clubes também negociam a mesma iniciativa, a exemplo de Corinthians, Flamengo e Atlético Mineiro.
Na prática, quem decide adquirir um fan token se torna uma espécie de “sócio” do clube, podendo ajudar a decidir em votações sobre campanhas de marketing, design de camisas, etc.
De acordo com analistas, esse mercado tem se consolidado como uma importante fonte de receita para os clubes que, em sua grande maioria, estão afundados em dívidas milionárias.
As 850 mil unidades do fan token do Corinthians colocadas à disposição da torcida, por exemplo, foram vendidas em duas horas, e arremataram R$ 8,8 milhões — 50% do montante fica com o clube.
“É o valor da marca diretamente negociado entre os investidores. A partir do momento em que o ativo entra em negociação, tudo que envolve o futuro daquela equipe pode ser especulado e influenciar a cotação naquele momento”, declarou Bernardo Brites, CEO da Trade Finance, à coluna Radar Econômico.
“A grosso modo, é uma fonte de receita importante que chamou a atenção dos clubes, uma vez que eles estão continuamente em busca de dinheiro no mercado”, acrescentou.