Em um leilão com lance único, a empresa Comporte Participações S.A. arrematou a concessão do metrô de Belo Horizonte (MG), durante pregão realizado na quinta-feira (22), na sede da B3, em São Paulo (SP).
A companhia ofereceu R$ 25.755.11 pelo bloco que contempla o metrô de BH, em um valor 33% acima do lance mínimo. A partir de agora, ela deverá administrar e investir na rede pelos próximos 30 anos, em um contrato que também prevê a manutenção e a extensão das linhas.
Os investimentos programados somam R$ 3,7 bilhões no período de concessão, o que inclui R$ 3,2 bilhões de recursos públicos, sendo R$ 2,8 bilhões do governo federal e cerca de R$ 440 milhões do governo de Minas Gerais.
A verba aportada pelo Executivo mineiro virá integralmente das indenizações pagas pela Vale após os acordos de reparação ao estado por conta do rompimento da barragem de Brumadinho (MG), em 2019.
Em pleno 2022, a região metropolitana de Belo Horizonte possui apenas uma linha de metrô em operação. Essa linha conta com 19 estações, 28,1 quilômetros de extensão e liga BH a Contagem. De acordo com o edital, a nova concessionária deverá revitalizar essa linha e adicionar uma nova estação a ela, em Novo Eldorado, também em Contagem.
Também deverá ser construída a Linha 2, que prevê 10,5 quilômetros de extensão e oito novas estações, a partir da estação Calafate, margeando a Via Expressa, que chegará ao Barreiro.
Essa segunda linha chegou a ser planejada e ter suas obras iniciadas pelo governo federal ainda em 1998, mas foi paralisada em 2004, durante a primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não direcionou recursos suficientes para finalizar a construção.
O leilão na B3 contou com a presença de Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, além do ministro da Economia em exercício, Marcelo Pacheco dos Guaranys, e Gustavo Montezano, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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