Alguns membros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidaram Aloizio Mercadante para assumir o cargo de Jean Paul Prates na Petrobras, mas essa proposta não foi bem recebida pelo mercado financeiro e pelo setor de óleo e gás do Brasil.
A possível nomeação do atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para liderar a maior estatal do país é vista com desagrado, pois representa uma possível mudança para uma postura mais alinhada ao petismo dentro da petroleira.
Existe a preocupação de que essa transição não ocorra com a celeridade desejada pelo mercado caso Mercadante assuma o comando da estatal. Há a percepção de que o presidente do BNDES não tomaria medidas para aumentar os preços dos combustíveis logo nos primeiros dias de sua gestão na Petrobras. Isso poderia deixar essa tarefa para Prates, que já está desgastado com o governo, sendo encarregado de implementar os aumentos antes de deixar o cargo.
De acordo com um relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgado nesta sexta-feira (5), a defasagem média da gasolina em relação aos preços internacionais atingiu 19%. Vale ressaltar que a Petrobras não realizou nenhum reajuste nos combustíveis em 2024, sendo que o último aumento ocorreu em dezembro de 2023.