A Viação Itapemirim e suas subsidiárias tiveram a falência decretada nesta quarta-feira (21) pela 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
A decisão foi proferida pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, que atendeu a um pedido do Bradesco, um dos credores da companhia, que deve mais de R$ 2 bilhões em impostos e contribuições previdenciárias com a União.
A Itapemirim já foi considerada a maior e mais respeitada no segmento de transporte rodoviário. A empresa estava em recuperação judicial desde 2016 com débitos privados na ordem de R$ 200 milhões.
Nos últimos anos, a viação foi palco de diversas polêmicas, incluindo brigas entre sócios e administradores.
Entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano, foram feitas demissões em massa. Para o magistrado, “em nenhum caso foi constatado o adimplemento das verbas rescisórias. Por conseguinte, o valor total inadimplido relacionado ao Passivo Trabalhista Extraconcursal é certamente maior”.
Em meio à pandemia da covid-19, o grupo conseguiu a autorização do governo para montar uma companhia de setor aéreo, a ITA, em um dos momentos de maior crise para o segmento.
Depois de anos em gestação, o negócio ficou no ar por cinco meses, entre acusações de atrasos de salário e de outros direitos de trabalhadores. No fim de 2021, pouco antes do Natal, a empresa cancelou subitamente seus voos, deixando milhares de passageiros sem atendimento.