O influenciador Daniel Penin divulgou um vídeo na segunda-feira (1º), abordando a página de fofocas Choquei e a trágica morte de Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, em Araguari (MG). Com quase 40 minutos de duração, o documentário apresenta uma compilação de eventos intrigantes relacionados à agência Mynd, que atua na venda de publicidade e é responsável por trazer dinheiro a uma rede de perfis de fofoca que exercem considerável influência sobre as narrativas na internet brasileira. O vídeo, disponível no YouTube, já alcançou mais de 1 milhão de visualizações em menos de 24 horas.
Penin argumenta que a Choquei é apenas uma pequena parte de um grupo especializado em manipular discursos e influenciar as discussões online. Segundo ele, o “topo da pirâmide”, responsável por orquestrar todo o esquema e auferir milhões de reais, é a agência Mynd. A empresa, liderada por Preta Gil como sócia-diretora, Fátima Pissarra como CEO (presidente) e Carlos Scappini como COO (diretor de operações), possui parcerias com mais de 30 perfis de fofoca, além de representar mais de 400 artistas e influenciadores de diversos nichos.
O catálogo da agência engloba páginas como Choquei, Gina Indelicada, Otariano, Fofoquei, Central da Fama, Fuxiquei, Portal Popline, Alfinetei, Rainha Matos, entre outros. Entre os artistas agenciados estão Lexa, Léo Santana, Luísa Sonza, Esse Menino, Pabblo Vittar, Ed Gama, João Guilherme, Karen Kardasha, e centenas de outros. Em 2022, foi registrado um faturamento de R$ 550 milhões.
Após a repercussão do documentário, a Mynd removeu do ar seu site oficial, que agora está indisponível, e planeja realizar alterações em sua programação, além de possivelmente emitir um comunicado oficial. Penin alega que a agência estaria lucrando milhões ao representar celebridades e influenciadores, supostamente contribuindo para “cancelamentos” e disseminação de notícias falsas, tudo com a aprovação e simpatia do governo federal, o que torna o caso ainda mais grave.