A paralisação na produção de automóveis no Brasil deve encarecer os preços não apenas de carros novos, mas também os de usados. É o que afirma o professor de Finanças Corporativas do Ibmec-SP Paulo Azevedo.
Conforme noticiado por este jornal digital, diversas montadoras como General Motors, Hyundai e Stellantis deram férias coletivas a seus funcionários, motivo pelo qual a fabricação de veículos foi interrompida no país.
“Tem fatores de produção faltando, como chips, e a tendência de dificuldade produtiva aliada a custos fixos das montadoras como pagamento de funcionários continua”, afirmou o professor, em declaração à CNN Rádio.
O especialista não acredita que o encarecimento do crédito afeta o choque de oferta, ao menos por ora. “Este tipo de choque aconteceria se houvesse muitos carros no pátio e dificuldade de comprar, mas agora há efeito contrário, há menos oferta”, observou.
Na avaliação dele, a decisão recente das montadoras faz com que “a tendência de subida no preço de carros novos aumente também o custo para preço dos usados”.
Desse modo, a dica de Paulo Azevedo para adquirir um automóvel no atual momento é procurar um usado de até 2 anos, como a primeira alternativa para um veículo novo, que está com o preço inflacionado. “Importante também fazer pesquisa de preço”, frisou.
Ainda de acordo com ele, ainda não há previsão de quando a situação dos componentes será resolvida, já que ela depende de diversos fatores, como a inflação global e até mesmo o quadro político nacional.