O Instituto Mises Brasil publicou uma análise sobre a tentativa fracassada de implementação da moeda digital do banco central (CBDC) na Nigéria. Conforme a publicação, o país africano, com mais de 200 milhões de habitantes, foi escolhido como primeiro campo de testes global sério para a digitalização da moeda.
A iniciativa teria sido impulsionada por interesses globalistas ligados a Davos, que buscavam consolidar sua influência na região antes que Rússia ou China o fizessem.
O artigo menciona que, apesar de um referendo nacional em outubro de 2022 ter demonstrado rejeição massiva à moeda digital – com 99,5% dos cidadãos votando contra –, o então presidente Muhammadu Buhari decretou a implementação do eNaira. Em fevereiro de 2023, cerca de 80% da moeda física do país já havia sido substituída pela versão digital, deixando milhões de pessoas sem acesso ao dinheiro, já que mais da metade da população não possuía contas bancárias.
O resultado foi uma crise sem precedentes. Sem papel-moeda em circulação, a economia entrou em colapso, gerando tumultos violentos e levando a população ao desespero. O país regrediu ao escambo, com pessoas trocando fósforos por alimentos e pequenos produtores recorrendo a prazos de crédito informais.
A crise levou o novo presidente, Bola Ahmed Tinubu, a revogar a medida em maio de 2023, restaurando a validade da moeda antiga e determinando uma investigação sobre o Banco Central da Nigéria. O ex-governador da instituição, Godwin Emefiele, foi detido, e o fracasso da iniciativa expôs o envolvimento de organizações internacionais como o FMI, o Fórum Econômico Mundial e órgãos do governo dos Estados Unidos na supervisão do projeto.
O Instituto Mises Brasil aponta que, após o colapso do experimento nigeriano, esses atores globais adotaram o silêncio, evitando assumir qualquer responsabilidade pelo impacto da digitalização forçada da moeda no país. O material foi veiculado na rede social X/Twitter, em um formato de thread.