O economista americano Paul Krugman, vencedor do prêmio Nobel, criticou a possibilidade de uma moeda comum entre o Brasil e a Argentina.
Segundo ele, trata-se de uma “ideia terrível”, que não faz o menor sentido em razão das diferenças entre os dois países.
“Não sei quem teve essa ideia, mas certamente não foi alguém que soubesse alguma coisa sobre economia monetária internacional”, escreveu Krugman no Twitter.
De acordo com ele, “uma moeda compartilhada pode fazer sentido entre economias que são os principais parceiros comerciais um do outro e são semelhantes o suficiente para que não enfrentem grandes choques assimétricos”, o que não é o caso.
Na visão de Krugman, a estrutura de exportação e a própria economia interna de ambos os países são muito distintas.
“As exportações argentinas são basicamente todas agrícolas. Mais da metade das brasileiras são manufaturas ou combustíveis. Então choques na economia mundial provavelmente causariam grandes mudanças na taxa de câmbio real de equilíbrio”, acrescentou.
Desde que a proposta foi anunciada por aliados de Luiz Inácio Lula da Silva e Alberto Fernández, muitos economistas, empresários, políticos e cidadãos criticaram a ideia, considerada tosca e ideológica.
A principal crítica é que a aliança com a economia argentina, que vivencia uma crise história com inflação a quase 100% (enquanto o Brasil tem um patamar de 5,79%), poderia prejudicar o desenvolvimento do Brasil.
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