O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), declarou que “não há nada que justifique” que o Brasil tenha “a maior taxa de juros do mundo”. De acordo com o ex-tucano, “passou da hora” de o Banco Central (BC) reduzir o patamar da Selic.
“Eu acho que passou da hora. Quer dizer, não tem razão para nós termos a maior taxa de juros do mundo. Aliás, é difícil de entender. Em 2020, a taxa de juros era 2%. Hoje, 13,75%. Não tem justificativa, né? E esse é um fator importante, porque câmbio, juros e imposto são decisivos para a atividade econômica”, disse ele.
As falas de Alckmin se unem ao discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem criticado constantemente o atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, que tem mandato até 2024 e foi indicado ao cargo por Jair Bolsonaro (PL).
As declarações do vice foram proferidas nesta terça (4), em Brasília (DF), durante o evento que inaugurou o Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), uma iniciativa do governo para fortalecer a estrutura industrial do setor no país.