O mercado financeiro viveu mais um dia de otimismo, com o dólar registrando uma forte queda e fechando abaixo de R$ 5 pela primeira vez em dez meses, enquanto a bolsa de valores subiu e alcançou seu maior nível desde o final de fevereiro.
O dólar comercial encerrou a quarta-feira (12) sendo vendido a R$ 4,942, com queda de R$ 0,065 (-1,31%). Durante todo o dia, a moeda norte-americana operou em queda e, na mínima do dia, por volta das 11h15, chegou a R$ 4,91. No entanto, durante a tarde, a cotação encostou em R$ 4,95 devido a investidores que aproveitaram a queda para comprar dólares.
Esse é o menor nível que a divisa atingiu desde 9 de junho do ano passado, quando havia fechado em R$ 4,91. Com a queda de hoje, a moeda norte-americana cai 2,51% em abril e recua 6,4% em 2023.
O mercado de ações também teve um bom desempenho, com o índice Ibovespa, da B3, subindo pelo terceiro dia consecutivo e fechando em 106.890 pontos, uma alta de 0,64%. Embora tenha chegado a subir quase 2% por volta das 14h20, o indicador desacelerou influenciado pelo mercado externo. O Ibovespa atingiu seu maior patamar desde 23 de fevereiro.
A queda do dólar e a alta da bolsa foram impulsionadas por fatores internos e externos. No Brasil, os investidores repercutiram a desaceleração da inflação oficial em março, o que aumenta as chances de o Banco Central (BC) reduzir a taxa Selic no início do segundo semestre. A expectativa de juros menores estimula investimentos mais arriscados, como a bolsa de valores.
No cenário internacional, a desaceleração da inflação ao consumidor também repercutiu positivamente. Os dados indicaram que o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos está perto do fim. No entanto, a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), no fim da tarde, mostrou que a inflação ainda não está contida na maior economia do mundo, fazendo com que o dólar ganhasse força e as bolsas desacelerassem.