O dólar à vista encerrou esta segunda-feira (16) com novo recorde histórico de fechamento, cotado a R$ 6,0934, em alta de 1,03%. Durante o dia, a moeda também atingiu a máxima intraday de R$ 6,0986, mesmo com a intervenção do Banco Central, que injetou quase US$ 5 bilhões no mercado, sendo US$ 1,628 bilhão em operações à vista e US$ 3 bilhões em linhas de crédito.
O cenário doméstico foi dominado pelo aumento do risco fiscal e pela maior demanda de empresas por remessas de fim de ano, o que pressionou o câmbio. Durante a tarde, as declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agravaram o movimento de desvalorização do real. Trump acusou o Brasil de “taxar demais” e prometeu retaliar. “Quem nos taxar, taxaremos de volta. Tarifas farão nosso país rico”, afirmou.
Outro fator que impactou o mercado foi um relatório divulgado pelo Tesouro Nacional, indicando que o governo brasileiro deve descumprir as metas fiscais a partir de 2026, diante de dificuldades para encontrar novas fontes de arrecadação.
No mercado futuro, o dólar para janeiro também subiu 1,03%, cotado a R$ 6,1100 às 17h15. No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, recuava 0,13%, para 106,864 pontos. Entre outras divisas, o euro subia 0,07%, a US$ 1,0508, e a libra esterlina avançava 0,51%, a US$ 1,2684.