A liberdade está acima dos direitos trabalhistas para a maioria dos trabalhadores de aplicativo no Brasil, conforme uma nova pesquisa Datafolha encomendada pelas empresas Uber e iFood.
De acordo com o levantamento, 75% dos entrevistados preferem o modelo atual, que garante mais autonomia, em vez do formato tradicional de emprego vinculado às normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A sondagem também indica que 89% dos trabalhadores aceitariam a oferta de novos direitos, desde que isso não fosse uma contrapartida para mudar as regras de flexibilidade de horário, prestação de serviço a mais de uma plataforma, etc.
No dia 15 deste mês, motoristas fizeram uma paralisação nacional a fim de cobrar melhores condições das empresas de transporte. A principal queixa é com relação à taxa cobrada pelas plataformas, que pode chegar a 40% do valor de cada corrida, o que é visto como um abuso.
O governo federal criou no início do mês um Grupo de Trabalho (GT) para discutir uma ideia de regulamentação para o assunto. No entanto, os petistas ainda enfrentam dificuldades para se conectar com essa categoria.
A própria composição do GT, recheado de sindicalistas em vez de representantes de entregadores ou motoristas, já foi motivo de desgaste à imagem da gestão comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).