A insatisfação do mercado com o governo Lula (PT) já não é mais disfarçada. Mesmo figuras do alto escalão econômico que apoiaram o petista nas eleições de 2022, em oposição a Jair Bolsonaro (PL), agora demonstram descontentamento com os rumos da economia e da política no país.
Nesta quarta-feira (11), o economista Marcos Cintra, vice-presidente da Fundação Getulio Vargas (FGV) desde 1997, abriu um debate em suas redes sociais. Em declaração, Cintra afirmou que o Brasil precisa de uma liderança como a de Javier Milei, da Argentina, e Nayib Bukele, de El Salvador, que têm conquistado notoriedade global por suas políticas econômicas e de segurança pública.
Os presidentes de direita estão adotando cortes na máquina pública, redução agressiva de impostos, controle da inflação sem intervenção populista e implementação de medidas duras contra a criminalidade. Esses avanços, sobretudo na economia e na segurança, estão colocando os dois em um pedestal para o mundo, na avaliação de especialistas e líderes internacionais.
Ao propor uma “dupla Milei/Bukele” para o Brasil, Cintra evocou a figura de Diógenes de Sinope, filósofo grego que, segundo a lenda, procurava homens honestos com uma lanterna em plena luz do dia. Ele declarou: “Vamos procurar de lanterna na mão, dia e noite, como fazia Diógenes de Sinope há quase 2500 anos.” E completou com um tom otimista: “Mãos à obra, brasileiros. Eles existem.”