Segundo um programa de notícias da televisão egípcia, Ten.tv, a Turquia é claramente um Estado terrorista com amplo alcance. Ten.tv informou que a Turquia está fornecendo armas para o Boko Haram na Nigéria.
Segundo a CBN News, o apresentador do Ten.tv, Nasha’t al-Deyhi, relatou um vazamento de um telefonema interceptado há alguns anos, confirmando a ação. A gravação do telefonema foi feita em 2014 ou 15.
“O vazamento confirma sem dúvida que Erdogan, seu Estado, seu governo e seu partido estão transferindo armas da Turquia para – isto é um choque, ‘Para onde?’, você pode perguntar. Para a Nigéria; e ‘Para quem?’, para a organização Boko Haram”, relatou o jornalista e apresentador Deyhi.
O objetivo do programa de TV egípcio é revelar que o ditador turco Erdogan está envolvido com alguns dos piores grupos terroristas islâmicos.
O Boko Haram faz no continente africano exatamente o que o Estado Islâmico estava fazendo no Oriente Médio. No entanto, é notório que a ação terrorista do grupo ocorre há muito mais tempo do que a ação do EI.
Uma das coisas que os observadores internacionais vêm notando é que os armamentos do grupo Boko Haram estão cada vez mais sofísticos e sendo usados para perseguir e exterminar cristãos na Nigéria e em outras partes da África.
Nigéria
Na Nigéria, vivem 80 milhões de cristãos, que nas últimas décadas têm sido regularmente confrontados com o terror da organização terrorista islâmica “Boko Haram” e dos nômades muçulmanos Fulanis.
Entre 2006 e 2016, cerca de 15.500 cristãos foram mortos por ataques terroristas destes grupos; e cerca de 13.000 igrejas foram destruídas no país.
Só em 2015, mais de 4.000 pessoas foram mortas. A maioria das mortes é resultado de assassinatos cometidos pelo grupo terrorista Boko Haram, que é principalmente ativo nos estados do norte do país africano.
E em 2018, mais de 1.700 cristãos foram mortos por terroristas muçulmanos Fulanis no país.
Em um artigo ( “Nigéria – O Choro no escuro” ), publicado pelo Conexão Política em março deste ano, é possível ler inúmeras atrocidades que os cristãos nigerianos vêm sofrendo ao longo dos anos, nas mãos de terroristas muçulmanos.
Dentre os ataques mais severos, o sequestro das meninas do Chibok é o principal, mobilizando o governo nigeriano e repercutindo na mídia internacional.
Em 14 de abril de 2014, o Boko Haram, principal grupo extremista islâmico da Nigéria, invadiu o vilarejo de Chibok e sequestrou 276 meninas. Tudo ocorreu na Escola Secundária de Chibok. A maioria das meninas era cristã. Cerca de 219 jovens foram, então, levadas em caminhões, enquanto a escola era incendiada.
Novo Império Otomano
Um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA disse na semana passada ao Canal de notícias CBN que a Turquia está apoiando forças na Síria que têm a mesma ideologia radical que o Estado Islâmico.
“O problema é que as pessoas que lutam são essas milícias árabes mal-disciplinadas, algumas das quais trabalhamos juntos no passado, quando estávamos armando a oposição, mas muitas delas são (a) mal-disciplinadas e (b) ) relativamente radical e sua ideologia é essencialmente ideológica islâmica”, afirmou o funcionário.
Um governo frágil no norte da Síria, chamado Administração Autônoma Democrática do Norte e Leste da Síria (DAA), divulgou um comunicado na terça-feira (12) dizendo que Erdogan procura subjugá-los através do Islã radical.
“Erdogan planeja transformar a região democrática livre em turbulência sob uma ocupação islâmica radical”, afirmou o governo DAA.
Críticos da invasão de Erdogan dizem que ele está tentando reviver o Império Otomano e estabelecer um novo califado.
“Sua intenção aberta é restaurar o califado original que foi dissolvido em 1924”, disse Dalton Thomas, da organização missionária cristã Frontier Alliance International, à CBN.
Recentemente, o ministro da Defesa da Turquia, Hulusi Akar, publicou um mapa em sua mídia social que mostra partes da Grécia, Síria e Iraque como parte de uma grande Turquia.
O ministro da Defesa turco postou uma mensagem ao lado do mapa: “Não temos olhos no solo de ninguém. Só vamos pegar o que é nosso”.
O mapa reflete o Pacto Nacional Otomano de 1920, que inclui terras que a Turquia acredita que merecia no final da Primeira Guerra Mundial.