Nos últimos cinco anos, com o advento da informação em massa através das mídias sociais, um termo que tem sido muito difundido, em sua maioria por políticos e jornalistas, é o famoso fake news. De maneira bem prática, as fake news nada mais são que publicações de notícias falsas como verdadeiras — visando deturpar a realidade dos fatos.
Diante disso, com o propósito de averiguar as notícias veiculadas nos meios de comunicação, surgiram as empresas de fact-checking. Dentre elas, algumas têm conquistado destaque nos últimos meses. São elas: ‘Aos Fatos’, ‘Agência Lupa’, ‘Estadão’, entre outras.
Inicialmente, o projeto aparenta ter ótimas intenções, é claro. Entretanto, o poder arbitrário de decretar a veracidade ou não de uma informação está atualmente concentrado nas mãos deles, e isso é totalmente nocivo à pluralidade política e ideológica. Assim como qualquer centralização de poder gera um ambiente propício à corrupção, manipulação e injustiça — no caso em tela, não é diferente.
Prova disso são as constantes acusações anti-éticas dessas fact-checks à portais de notícias alternativos, que possuem um viés editorial conservador, de direita e, até mesmo liberal ou libertário. Todas acusações são sem justa motivação, visando somente a difamação — sem se importar com a fidelidade dos fatos.
Nesse contexto, observamos os valores preliminares dessas empresas se invertendo e criando, indiretamente, um mecanismo de censura em pleno séc. XXI. Pois, as mesmas, sem justa motivação e compromissadas com suas ideologias, passam a selecionar a verdade e as manipulam como bem entendem, o que fere diretamente a dois importantes princípios constitucionais: o acesso a informação e o pluralismo político.
Além de possibilitar uma censura ideológica e um grande risco a liberdade de expressão, elas procuram desonrar diretamente o diligente trabalho desses portais alternativos. Não obstante, essa conduta pode ensejar a um enquadramento tipificado no art. 139 do Código Penal: a difamação, com pena de detenção, de três meses a um ano, e multa.
Vale ressaltar que esse ‘monopólio da verdade’ fora construído pela grande mídia tupiniquim de esquerda, cheias de pautas globalistas, detentoras desse domínio. A ‘Agência Lupa’, por exemplo, integra o grupo Uol e Folha de São Paulo, assim como os integrantes da ‘Aos Fatos’ têm históricos profissionais em jornais como, a própria, Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, Uol, etc..
As redes sociais em geral, vivem um confuso paradoxo em que as mesmas que antes pregavam um espaço aberto a liberdade de expressão, vem se utilizando dos serviços das fact-checks para apurar a veracidade das notícias lá divulgadas, dispondo dos critérios duvidosos e inexplicáveis supramencionados, como promover a censura que enfrentamos hoje.
Financiada pelo Facebook para realizar as ‘investigações’, a empresa ‘Aos Fatos’ é o perfeito caso que exprime essa realidade.
O movimento ‘Sleeping Giants’, muito bem explicado por um artigo do Filipe Altamir, eclodiu nessa semana (18/03) e tem agravado em enormes proporções esse problema. Isso tudo só nos mostra que um lado é favorecido, pois quando o viés esquerdista se pronuncia, mesmo que através de uma pequena mobilização, sem embasamento e critério nenhum, consegue exatamente aquilo que está em seus planos. O segredo não está no que você fala, mas de quem você fala.
A liberdade de expressão, o direito a informação e o pluralismo político nunca se encontraram tão ameaçados. Aliás, fique atento, pois visto que a grande mídia, mediante seu monopólio, tem dado voz de maioria a uma minoria a resposta para combatê-las e garantir a democracia, se encontra nas sábias palavras de D. Pedro II ao dizer que ‘imprensa se combate com imprensa’.