A matéria foi publicada em 2013 no G1, mas não teve tanta relevância naquela época, por diversos motivos.
Trago à memória essa notícia, pois o momento é propício.
A segunda colocação da Pós-graduação em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense, da turma de 2013, ficou com Mariana Gomes, que na época tinha 24 anos.
O projeto foi ‘My pussy é poder – A representação feminina através do funk no Rio de Janeiro: Identidade, feminismo e indústria cultural’.
Entre os objetivos do projeto estava a desconstrução da ideia de que o funk seria o último grito do feminismo através das músicas de Valesca Popozuda, Tati Quebra Barraco, entre outras.
Ao longo do curso, a aluna discutiu se as letras de funk cantadas por Valesca Popozuda e outras intérpretes do gênero são um caso de libertação feminina ou apenas um atendimento da demanda do mercado erótico.
‘Eu fui observando que havia [sic] poucas mulheres cantando e que este papel ficava com os homens. As mulheres só estavam presentes dançando e quando havia erotismo. Parecia que não tinha espaço para a participação feminina em outros assuntos. E o público do baile é em sua maioria feminino‘, explicou a mestre em entrevista ao site G1.
Incrivelmente, a Universidade Federal Fluminense aprovou um tema desses – além de ter acolhido a escolha de Valesca Popozuda para patronesse de uma turma de Mídia na época.
A educação no Brasil não tem problema de verba, mas um problema de caráter.
Enquanto muitos trabalham e se esforçam para pagar impostos e taxas ao Estado, esses tributos, de um modo geral, são utilizados para financiar obras dessas magnitudes.
É um tapa na cara do contribuinte.
As Universidades olham para o contribuinte e falam: ‘olha o teu dinheiro indo pra pesquisas que não vão ajudar em nada no desenvolvimento. Tá aqui ó, financiando projetos para estudar músicas de funk’.
É uma balburdia sem precedentes.
E ainda vem alguns joças falando que falta dinheiro na educação.
Depois que a gente sai por aí falando que o dinheiro para universidade deveria ser reduzido e encaminhado para o ensino básico, eles dizem que queremos acabar com o pensamento crítico.
Se colocar uma criança de 10 anos e um marmanjo que está no 4º período de filosofia para falarem sobre economia de um país, dificilmente você saberá diferenciar a criança do marmanjo.