Um dos maiores problemas da nossa geração é acreditar em uma realidade que não existe, ou seja, em um conto de fadas. Cobertos de contradições, se auto-enganam facilmente com as mentiras contadas para si próprios, afluindo desde as pautas ideológicas mais absurdas até o mais ínfimo sentimento de sua alma.
Isso se dá pelo resultado de longas décadas de trabalho dos grandes influenciadores, “educadores” e artistas fundamentalistas presentes e dominantes na cultura brasileira e internacional.
Mas, então, o que seria um fundamentalista?
Eric Voegelin definia como fundamentalista o sujeito que acredita em frases, independentemente do que elas queiram dizer. Basta olhar à sua volta e perceberá muitas pessoas assim – que acreditam em frases e estão dispostas a matar e a morrer por elas.
Todavia, existe uma grande distância entre as palavras e a realidade e, se você não tem ideia do que aquelas palavras estão se referindo na realidade, então, todas elas se tornam fetiches.
Na prática, o fundamentalismo consiste em pegar um fetiche verbal (que não quer dizer absolutamente nada) e tomar posição em relação àquilo e usá-lo como um critério para julgar as situações.
Logo, as pessoas passam a acreditar nessas frases para serem aceitos como bons-moços junto à sociedade, pessoas de bem, caso o contrário, você se torna uma pessoa preconceituosa, racista, homofóbica, misógina e entre outros adjetivos.
Isso é inaceitável! Pois, graças a essa cultura fundamentalista é que se registra a maior decadência intelectual e moral da história da humanidade. Basta olhar as artes e as músicas atuais e você perceberá isso sem nenhum esforço.
Devido a isso, nossos valores estruturais, ao invés de serem reformados ao longo do tempo, estão sendo destruídos pelas falsas referências desse século e, enquanto houver essa constante fuga da realidade, pseudointelectuais continuarão a serem idolatrados pela nossa juventude não pensante e a alimentar uma ilusão.
Por isso, faz mais do que necessário romper essas barreiras. Romper com as barreiras do cancelamento, do politicamente correto, do fanatismo, do ódio e da intolerância para que haja, efetivamente, uma busca real pelo conhecimento e a verdade.
Precisamos romper com o conto de fadas.