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Verificando algumas matérias e análises político-jornalísticas de décadas atrás, é possível perceber informações substantivas e concretas, fossem “de esquerda” ou “de direita”. Os colunistas e articulistas da época preocupavam-se com a verdade e realmente demonstravam algum esforço pela informação.
Os tempos mudaram e o aparelhamento ideológico constante nas universidades e escolas passou a exercer dominância nas redações e na grande mídia. Hoje não existe qualquer zelo pela verdade e nenhuma matéria é veiculada sem antes passar pelo crivo ideológico do chefe de redação. Tal assertiva pode ser confirmada no que dissertarei abaixo.
Na noite do último domingo (25), uma reportagem especial sobre o “o perigo das fakenews” foi transmitida na Rede Globo, através do Fantástico. A matéria, logo em seu início, enaltece a democrata Hillary Clinton, dando a entender que sua derrota deu-se por motivos de interferência russa a favor de Trump – mesmo a Justiça dos EUA declarando dias atrás que Putin não influenciou nas eleições de 2016 – ou seja, numa matéria de ‘denuncia às fakenews’, a Globo veicula um conteúdo totalmente falso e que inclusive fora desmentido pelas autoridades competentes que investigam o caso.
No decorrer da reportagem, ao longo de seus 17 minutos, inúmeras bestialidades foram ditas. Sob o pretexto que existem grupos com a intenção de confundir o brasileiro por ocasião da eleições deste ano, algumas orientações foram dadas aos telespectadores a fim de que os mesmos não sejam “vítimas” dessa guerrilha virtual. Há de se lembrar que a emissora e o programa não possuem nenhuma competência para tratar deste assunto, uma vez que eles próprios são os maiores propagadores de notícias falsas, principalmente no tocante aos políticos que se opõem ao establishment midiático.
A manipulação por parte da grande imprensa é tão grande que, em 2017, o Fantástico forjou um tweet que atacava o presidente dos EUA, Donald Trump. Num quadro onde o programa fazia interações com o público pelo Twitter, foi exibida a seguinte frase: “Donald Trump é um embuste de primeira! Como alguém vota em alguém assim?”. Só havia um problema com a mensagem: ela nunca existiu e foi criada pela própria Rede Globo. A farsa foi apontada por usuários da rede social. Uma análise mostrou também que o perfil que teria sido o autor da mensagem (@Amanda) é de uma canadense que mora em Toronto e não fala português. Por fim, a proprietária do perfil, após inúmeras menções, confirmou que ela não enviou a mensagem e, portanto, o texto divulgado pela Globo foi comprovadamente fraudado.
Tal ocorrido serve para externar a desonestidade daqueles que utilizam o veículo midiático em prol de um projeto globalista e que para atingir seu objetivo de controle social são capazes até de forjar informações com o intuito de moldar a opinião pública.
Como se já não bastasse, a recomendação para que o brasileiro soubesse diferenciar a notícia verdadeira das ditas fakenews seria justamente a busca pela confirmação junto as “fontes de jornalismo profissional”, ou seja, a própria grande mídia. Em certo trecho, houve até recomendação do site G1 como fonte confiável de informação. Óbvio que, por detrás desse discurso barato, há um plano com o intuito de apropriar-se de um termo que foi criado justamente para definir aquilo que eles mesmos fazem, fazendo com que as mídias independentes – que tanto crescem no Brasil – sejam jogadas na vala do descrédito junto à população.
Por fim, a Globo havia feito um especial com o cantor Gusttavo Lima para o programa – aqueles que normalmente tomam 10, 15 minutos do “jornalístico”. Após a declaração do cantor nas redes sociais, onde o mesmo declarou apoio a Bolsonaro e pugnou pelo fim do desarmamento, o que fez a Globo? Exibiu somente um trecho do especial – cortado para 4 minutos – e gastou o final da matéria para MASSACRAR o cantor por ter uma opinião diferente dos lacradores da Globo. A jornalista Poliana Abritta chegou a classificar a opinião do cantor como “controversa” e ainda cometeu a pachorra de comparar um treinamento no clube de tiro ao massacre ocorrido na Flórida, como se a opinião do cantor fosse a responsável por todos esses acontecimentos.
Para fechar com chave de ouro, a jornalista disse que “a manifestação de Gusttavo Lima aconteceu em um momento em que país passa por uma grave crise de segurança pública, a ponto do Rio de Janeiro ter sofrido uma intervenção federal comandada pelo Exército.” Entretanto, para a surpresa da emissora, o cantor decidiu não seguir a cartilha ideológica imposta pelo Fantástico e ainda reafirmou em rede nacional que é, sim, favorável ao fim do desarmamento.
O que podemos concluir? Que se a posição do cantor fosse diferente, e ele tivesse se manifestado a favor do desarmamento, provavelmente teria ganho um especial de mais de uma hora e muita puxação de saco. Mas como ele não segue a agenda da televisão, a transmissão do seu pocket-show foi cortada e substituída por uma mini-reportagem focada em mostrar a “irresponsabilidade” do seu posicionamento político.
Detalhe: o programa editou o final da mensagem publicada pelo cantor, com o intuito de OCULTAR a hastag em apoio a Bolsonaro.
E ainda tem quem diga que eles são “de direita”.
Globo, YOU’RE FAKE NEWS!