Imagem: Jovem Pan
Bolsonaro foi citado na suprema corte pelo então ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, por não ter recebido qualquer quantia no Mensalão, e foi citado também pelo doleiro Alberto Youssef, em depoimento, como um dos poucos que não recebeu propina do Petrolão. Ambos esquemas de corrupção que são considerados os maiores do planeta, com mais de quinhentos parlamentares envolvidos e investigados.
Tudo bem que Barbosa e Youssef são duas figuras que não gozam do total prestígio das pessoas mais atentas às biografias de ambos: o primeiro por seus votos progressistas em questões de importância como o aborto e cotas raciais, e o segundo por ser uma figura lombrosiana. Mas as declarações deles têm um forte peso, dado o contexto que estão inseridas. Jair também esteve presente em uma audiência pública com Fernandinho Beira-mar, e este disse que conhece Jair Bolsonaro e seus posicionamentos, e que Jair não tem rabo preso na política, o que permite ao deputado não fazer demagogia quando defende propostas duras contra o crime, como a pena de morte. Quem viu o vídeo ficou com a impressão de que Beira-mar sabe que Bolsonaro representa uma ameaça a pessoas como ele e que optaram por seguir seu modo de vida criminal.
Bolsonaro foi o único político que teve coragem de explicar de forma clara para o povo, numa linguagem que até um esquerdista entende, que aquilo que convencionou-se chamar eufemisticamente de ‘governabilidade’ nada mais é do que a compra de votos, a prática de conchavos, a distribuição de verbas de emendas parlamentares em troca de votos, a rifa de comando em ministérios e a corrupção propriamente dita. Essa é a forma de governo que impera no Brasil desde o golpe que deu fim ao Império, e a forma que domina o cenário político principalmente após a tal da ‘redemocratização’, que deu-se ao fim ao Regime Militar.
Em toda entrevista que concede, Bolsonaro diz que, se for pra fazer igual aos outros presidentes que foram eleitos anteriormente, ele prefere nem disputar as eleições presiendeciais. Bolsonaro é o deputado mais odiado por parlamentares de Esquerda, os mesmos que estão envolvidos até o pescoço com o esquema de propina chefiado pelo PT. Bolsonaro trocou de partido mais vezes do que um militante do PSOL deixa de tomar banho em um ano, justamente porque ele não segue as ordens e determinações dos líderes na hora de votar.
Não existe partido de Direita no Brasil e, mesmo tropeçando algumas vezes, meio desalinhado em relação ao conservadorismo e um pouco perdido sobre o que seria o lado direito do espectro político, Bolsonaro manteve sua independência e liberdade de consciência — o que já o coloca como uma das melhores opções disponíveis no mercado político. Bolsonaro foi voto vencido dezenas de vezes ao ser contra projetos progressistas e suas dezenas de projetos de lei não foram aprovadas justamente porque ele nunca recorreu às práticas ilícitas necessárias ao processo político brasileiro.
Daí aparece esse tal de Marco Antônio Villa e diz que, quando chegar ao poder, Bolsonaro vai criar o Petrolão 2. É uma declaração tão absurda que não resta outra reação imediata que não a gargalhada de perplexidade. O Imbecil do Villa, com aquela voz de gralha, deve ter uma bola de cristal escondida em algum buraco do próprio corpo, que lhe permite fazer uma previsão dessa. Tirando isso – e uma possível contribuição tucana –, não há outra explicação para tamanha fixação do Villa com o Bolsonaro. O sujeito chega a espumar a boca de raiva, fazer chilique e a gesticular como uma adolescente abandonada. Deprimente. Deixem esse ignorante falando sozinho.
Texto de Pedro Henrique Medeiros