Imagem: Divulgação/Conexão Política
O Brasil assistiu no último domingo um dos episódios mais vergonhosos que o Poder Judiciário do país poderia imaginar, quando um desembargador em escala de plantão resolveu, por conta própria, decidir ordenar a libertação do prisioneiro mais vigiado do mundo na atualidade, Luis Inácio Lula da Silva.
Lula foi condenado em duas instâncias e teve inúmeros recursos negados nas cortes superiores, o Supremo Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. Além de ter sido o processo judicial mais polêmico na história do país, não foi apenas a sentença do juiz Sérgio Moro que colocou a “alma mais honesta do mundo” atrás das grades, mas a decisão colegiada de outros três magistrados, seguida da confirmação pelo STF.
Onde será que estava com a cabeça o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), para imaginar que poderia mandar revogar com uma canetada tamanha condenação, a pedido de um grupelho de deputados petistas? Como se não bastasse, o argumento utilizado pelo plantonista foi o de que Lula, o condenado, teria o direito de fazer campanha política, ignorando completamente a Lei da Ficha Limpa. Pasmem!
Tudo fica perfeitamente esclarecido quando sabemos que Favreto militou durante 20 anos no Partido dos Trabalhadores (PT), assessorando juridicamente figurões como José Dirceu, outro corrupto condenado na Operação Lava Jato. Por final, foi a ex-presidente Dilma Rousseff, expulsa do Planalto por improbidade administrativa (e por levar o Brasil ao caos econômico), quem indicou Favreto para o cargo do TRF-4. Mas se essa relação íntima com o PT já estava assim tão evidente, por que o desembargador tomaria uma decisão sabendo que certamente seria esculachado por seus colegas?
Em nota, a União Nacional dos Juízes Federais ressaltou a vergonhosa decisão de Favreto, dizendo que “a referida decisão não é juridicamente válida e tampouco merece qualquer crédito pelo seu caráter ilegal e manifestamente contrário aos princípios que regem decisões tomadas em sede de plantão judiciário, violando a sistemática de funcionamento prevista pelo Conselho Nacional de Justiça”. Sobre a questão do antigo vínculo partidário, ninguém menos do que o professor da Universidade de São Paulo (USP), Gustavo Badaró, disse para a VEJA que “no caso, o Favreto não era um simples filiado ao PT. Ele teve cargo de confiança no governo Lula, isso vai além de uma simples participação na vida partidária”, defendendo que nessas condições o juiz deveria se abdicar da decisão.
Desespero da esquerda na corrida presidencial
É praticamente impossível não concluir que a decisão arbitrária de Rogério Favreto reflete nada mais do que o desespero do Partido dos Trabalhadores e seus puxadinhos de esquerda. Quanto mais a eleição presidencial se aproxima, mais cai a ficha de que o plano de poder arquitetado no Foro de São Paulo está desmoronando, e com ele suas mentes mais brilhantes de corrupção.
A democracia brasileira, o povo honesto desse país e o Poder Judiciário ainda terão que enfrentar outros desafios em agosto e talvez setembro, quando novos pedidos de liberdade em favor de Lula serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Uma verdadeira batalha entre a justiça e a politização do judiciário, infestado por alguns parasitas, como quase todas às esferas administrativas desse país.
O lado bom é que o cenário está ficando mais claro. Quem estava em dúvida sobre em quem votar agora está percebendo com mais clareza do que precisamos para acabar de uma vez por todas esse aparelhamento político e ideológico que tomou conta do Brasil nas últimas décadas. No que depender de mim, farei minha parte pelo Paraná, se chegar ao Congresso esse ano. Mas, o eleitor é o grande responsável pela mudança. Cabe a você decidir se no futuro teremos políticos que se orgulham de juízes como Sérgio Moro ou que nos envergonham com outros Favretos.