Imagem: Divulgação/Conexão Política
O presidente Donald Trump revogou um conjunto de diretrizes de Obama que implementou as cotas raciais em universidades americanas. A medida, que não terá força de lei, permitirá ao Departamento de Justiça abrir processos e investigar instituições que preservarem a política que vem discriminando não só os brancos, como também asiáticos, com suas admissões negadas por universidades.
Há na Suprema Corte americana uma ação que aguarda decisão final, impetrada por estudantes asiático-americanos acusando a tradicional Universidade de Harvard de estar discriminando diversas raças, inclusive asiáticas, em favor de jovens negros. Segundo os jovens asiático-americanos, a universidade tem “excluído sistematicamente” [confira aqui] as raças não contempladas pelas diretrizes da era Obama.
Expectativa na Suprema Corte
A expectativa por uma decisão da Suprema Corte sobre o caso ganhou importância em um momento em que um de seus juízes, Anthony Kennedy, indicado pelo então presidente Ronald Reagan, em 1988, anuncia sua aposentadoria, aos 82 anos de idade. O presidente Donald Trump já confirmou que anunciará um nome para a cadeira de Kennedy no próximo dia 9 de julho, o que deve garantir por muitos anos um voto originalista decisivo em assuntos da corte.
Segundo a agência Reuters [clique aqui], o Departamento de Justiça tem investigando uma reclamação de mais de 60 organizações asiático-americanas de que as políticas da Universidade Harvard são discriminatórias porque limitam a admissão de asiático-americanos.
O departamento se juntou ao ‘Estudantes por Admissões Justas’, o grupo por trás do caso, que pediu a revelação de evidências “poderosas” mostrando que Harvard está violando o Título VI do Ato de Direitos Civis de 1964. O Título VI proíbe discriminação com base em raça, cor e origem nacional em programas e atividades que recebem auxílio financeiro federal.
Students for Fair Admissions (Estudantes por Admissões Justas)
A organização de estudantes excluídos possui um site na internet [confira aqui] que recebe denúncias de jovens preteridos em universidades por não serem da “raça certa”.
Em sua página, a organização se define como um grupo de membros sem fins lucrativos de mais de 20.000 estudantes, pais e outros que acreditam que as classificações raciais e as preferências nas admissões em faculdades são injustas, desnecessárias e inconstitucionais e que sua missão é apoiar e participar de litígios que restaurem os princípios originais do movimento de direitos civis da nação: a raça e a etnia de um aluno não devem ser fatores que prejudiquem ou ajudem esse aluno a ser admitido em uma universidade competitiva.
Cotas raciais significam realmente oportunidade para todos?
Segundo declarou Nancy Pelosi, uma das democratas mais radicas e líder de seu partido na Câmara dos Deputados, também para agência Reuters [confira aqui], “o retrocesso da administração (Trump) sobre diretrizes vitais de ação afirmativa ofende os valores de nossa nação e a promessa de oportunidades para todos”.
Vamos pensar. As cotas raciais, tão defendidas pela esquerda em todo o mundo, soam mesmo como uma política boazinha, que vem para “ajudar” os negros, segundo eles, excluídos das salas de aula. É fato que os incautos compram com frequência e com bastante confiança tal narrativa.
Porém, a realidade mostra que, além de discriminatória com os próprios negros — taxados muito injustamente pela esquerda como incapazes para quase tudo —, a política de cotas raciais também vem restringindo a participação de outros grupo étnicos, como é flagrante entre os asiáticos-americanos.
Como pode ser defendida uma política que privilegia um grupo em detrimento de outros? Onde estaria a diversidade? Onde está a igualdade de oportunidade tão (falsamente) aclamada pela esquerda?
Como promover a diversidade num ambiente estudantil se o processo de ingresso contempla um procedimento discriminatório entre quem tem mais direito e quem tem menos, levando em consideração a cor da pele e sua origem étnica?