Na tarde desta terça-feira (19), uma série de áudios entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Secretaria Geral Gustavo Bebianno foi divulgada pela revista Veja.
O ministro foi demitido na segunda-feira (18), após uma crise no governo. A demissão foi divulgada no Diário Oficial da União.
Se o Gustavo Bebianno acreditava que os áudios cedidos à Veja iriam ajuda-lo de alguma maneira, podemos concluir que o efeito se deu totalmente ao contrário.
Os áudios divulgados nesta terça apenas corroboram a versão de Carlos Bolsonaro, que desde o início garantiu que o ex-ministro não havia conversado com o presidente sobre o contexto do laranjal do PSL.
Gustavo Bebianno, numa clara tentativa de utilizar o presidente como escudo, indagado sobre a instabilidade no Executivo após a divulgação de supostas irreguladores eleitorais, utilizou do argumento que havia conversado “três vezes com o presidente”.
Conclui-se, portanto:
— Bebianno vazava informações do governo à mídia (assim como o fez com os áudios).
— Bolsonaro citou veículo no qual Bebianno seria informante (sendo o mesmo veículo que protesta abertamente contra a exoneração do ex-ministro).
— Bolsonaro deixa bem claro que não vai acobertar crime nenhum: “A Polícia Federal vai entrar no circuito, ela já entrou no circuito, para apurar a verdade”, ressaltou.