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Quando li num jornal árabe o fim simultaneamente trágico e honroso que teve uma jovem combatente curda lutando bravamente para que seu povo não fosse dizimado pelo “sultão” Recep Tayyip Erdogan, que almeja ressuscitar o desastroso Império Turco-Otomano às custas da eliminação de minorias desprezadas pela comunidade internacional, decidi refletir sobre a farsa que é o ativismo feminista da atualidade.
Esse movimento voltou a promover marchas pelos Estados Unidos e Canadá sem mencionar as violações de direitos humanos sofridas por mulheres em todo mundo muçulmano.
Zuluh Hemo, 20 anos, lutou usando o nome de Avesta Habur e integrava as Unidades de Proteção da Mulher (YPG), grupo vinculado às Forças Democráticas da Síria (SDF), milícia que não é hostil ao Ocidente e com atuação preponderante para a expulsão do Estado Islâmico de Raqqa (antiga capital do califado) e de outras áreas invadidas na Síria. Apesar de morrer tentando defender o povo de uma aldeia curda do covarde ataque turco, não se sabe ao certo como se deu o seu martírio, vez que alguns curdos afirmam que ela destruiu um tanque matando vários soldados turcos com uma granada num ato suicida.
Porém, o Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que a morte seria devido lançamento da granada sem intenção de suicídio.
O triste é que a mídia ocidental não se ateve ao simbolismo do que glorificaria como “empoderamento feminino” se a ação fosse desempenhada em outra circunstância por uma feminista que segue a agenda comprometida primordialmente em destruir os princípios da civilização judaico-cristã sem a menor intenção de promover direitos humanos.
O jornal The New York Times frisou: Um atentado suicida de um aliado americano contra um membro da OTAN poderia prejudicar ainda mais o tenso relacionamento entre Turquia e Estados Unidos.
Como assim? Turquia invade o território sírio e mata centenas de curdos da milícia YPG – aliada dos Estados Unidos – sendo que Erdogan prometeu eliminar os dez mil combatentes curdos que ajudaram a banir o Estado Islâmico de diversas regiões da Síria, e uma jovem do grupo YPG responde aos ataques assimétricos matando parte dos agressores num ato de inequívoca tentativa de defesa. Isso configuraria real afronta ao membro da OTAN que anda flertando despudoradamente com a Rússia? Ao que parece, o autor da matéria desconhece ou finge desconhecer o fato de a Rússia ter liberado espaço aéreo para Turquia invadir as áreas curdas e ainda retirou seus soldados para “facilitar o extermínio” de curdos em Afrin pelos súditos do “sultão carniceiro”.
A imprensa é mestre em ocultar acontecimentos importantes para promover a necessária “desinformação” a fim de transformar as vítimas do islamofascismo em algozes. Assim, uma jovem que morre no afã de defender seu povo perseguido por um ditador islâmico é transformada num possível pivô de tensão entre os membros da OTAN. Existe algo mais grotesco? A canalhice midiática conta com a falta de conhecimento da opinião pública sobre Oriente Médio, que acredita nas versões manipuladas de jornalistas inescrupulosos.
A morte da combatente curda não foi destaque em jornais ocidentais como um ato heróico da “vítima de um Estado totalitário opressor”. A “união cadavérica” da esquerda global com ditadores islâmicos impede que a morte de uma “mulher oprimida” proveniente de um povo também oprimido seja divulgada com a merecida exatidão para evitar condenações aos novos candidatos à implantação do “califado do terror”.
Zuluh Hemo e tantas outras mulheres das Unidades de Proteção da Mulher (YPG), que tombaram nos campos de batalha defendendo o território onde vive parte da maior nação apátrida do mundo mereciam o reconhecimento internacional por representarem a força da mulher que não se vitimiza, mas vai à luta para defender sua pátria, família e valores desconhecidos por feministas preocupadas com ideários egocêntricos numa disputa frívola criada por mentes insanas à serviço do marxismo cultural.
Zuluh não exibiu seus seios em manifestações públicas e nem afrontou o credo alheio para impor o feminismo ateísta! A combatente curda também não assassinou inocentes civis como fez a terrorista árabe Dalal Mughrabi, que promoveu horrendo assassinato de 38 pessoas no massacre perpetrado numa estrada de Israel. Ao invés de assassinar brutalmente civis inocentes, sendo 13 crianças, em ataque terrorista celebrado por palestinos como fez a perversa Mughrabi, a curda Zuluh entregou a vida para salvar sua aldeia do ataque de um exército assassino que almeja usurpar o território defendido com o sangue de outros curdos rejeitados pelo Ocidente que idolatra exclusivamente a “causa palestina”, mesmo sabendo que o “terror contra inocentes” é a diretriz das lideranças palestinas.
Vale lembrar que a memória da terrorista Mughrabi é ovacionada pela “moderada Autoridade Nacional Palestina” como sendo um modelo para a “resistência”. Várias escolas, ruas, parques e um Centro de Mulheres receberam o nome da assassina com o vergonhoso conluio da imprensa ocidental que apoia as atrocidades palestinas escondendo seus crimes.
O cuidado em salvaguardar a imagem da assassina Mughrabi fez com que o jornal O Globo ocultasse a ação terrorista que executou friamente pessoas que não tinham relação alguma com o conflito árabe-israelense, inclusive, dois bebês, noticiando: “Safa disse que mais tarde Israel havia entregado, via ICRC, os corpos de oito combatentes do Hezbollah mortos na guerra de 2006 e os corpos de quatro palestinos, entre os quais o de Dalal Mughrabi, uma guerrilheira que liderou uma violenta invesida contra Israel em 1978.”
Mughrabi não era guerrilheira, e sim uma covarde terrorista. Além disso, não promoveu uma “violenta investida contra Israel”… Foi TERRORISMO fuzilando sem direito à defesa civis, dentre eles, idosos e bebês.
Logo, uma imprensa medíocre que inocenta terroristas e despreza a perseguição de minorias por teocracias islâmicas sanguinárias jamais destacaria o valor de uma mulher curda rechaçada por feministas ocidentais que elegeram Trump e o Cristianismo como “ameaças globais” ignorando a dor que a misoginia islâmica impõe a milhões de mulheres no mundo muçulmano e no “Ocidente infiel”. Mal sabem as “histéricas inúteis” que o poder da sharia (lei islâmica) é a verdadeira ameaça aos direitos das mulheres.