Ao contrário do que foi prometido por Lula da Silva em sua campanha eleitoral, nada de positivo foi apresentado ao país nesses 130 dias de governo. A falação foi bastante intensa e a pirotecnia sem medida, mas de concreto e efetivo, absolutamente nada que possa ser aproveitado foi apresentado à nação brasileira.
Já vimos que a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês não acontecerá, malgrado a promessa petista de que isso seria feito. Tanto quanto ocorreu com a metáfora da picanha, o salário mínimo também não terá um reajuste maior, porque agora todos já sabem tratar-se também de uma mentira aplicada para ganhar as eleições. Os números da violência, infelizmente, voltaram a assustar. Invasões de propriedade privada têm sido recorrentes. Desemprego aumentando a cada dia. Inflação corroendo o poder de compra dos trabalhadores. Preço dos combustíveis subindo. A gula por aumento de impostos cada dia maior. Esse é o nosso hodierno cenário nacional, cujas perspectivas futuras são, infelizmente, nefastas.
Todas essas situações tinham sido objeto de promessas petistas, mas como já deu para perceber nesses primeiros 100 dias, tudo não passou de vãs promessas para atrair eleitores incautos e assim, sob descarada enganação, ganhar as eleições presidenciais no ano passado. Mais um clássico estelionato eleitoral aplicado por quem, nesse critério, parece ser imbatível.
As ações e manifestações destrambelhadas do atual governo Lula têm sido responsáveis pela instabilidade política e econômica em nosso país. A desconfiança é geral, inclusive daqueles que votaram em Lula. O sentimento de arrependimento é visível em diversos fóruns de discussão.
Se nem mesmo nesse período inicial, conhecido como lua de mel, Lula tem conseguido levar adiante as propostas e os projetos de interesse nacional, imaginem como será daqui para frente?
Lula e sua turma estão totalmente perdidos. Um governo sem futuro, porque sem rumo. E está sem rumo justamente porque não tem futuro.
Quem, como eu, convive no ambiente do Congresso Nacional, sabe que o governo petista atualmente não tem votos para aprovar nada no plenário da Câmara Federal. E olha que nos 100 primeiros dias o cenário político costuma ser mais favorável.
Dentre tantas trapalhadas de Lula nesse seu 3º mandato, destaco uma que reputo inaceitável: a indicação de Dilma Rousseff para presidir o Banco dos BRICS, com salários que chegam a R$ 300 mil reais. Imaginem alguém demitido por justa causa, por incompetência gerencial, ser agora alçada a cargo gerencial de tamanha importância a nível mundial. Será que os conselheiros desse banco foram formalmente avisados a respeito disso? Já no seu discurso de posse em Xangai, na China, Dilma fez uma confusão retórica que acabou virando piada mundo afora.
Ainda, quando os discursos petistas para retirar a autonomia do Banco Central vieram à tona, o mercado entrou em polvorosa, porque seria um verdadeiro desastre para a política fiscal e monetária brasileira, com reflexos nefastos à economia nacional como um todo. Ainda bem que essa sandice não tem e não terá o apoio do parlamento e só por isso a autonomia do BACEN não será atacada por Lula e sua turma.
Em janeiro, ainda no primeiro mês de governo, uma mentira vil e irresponsável do atual presidente da república, afirmando que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe de estado em 2016, rendeu-lhe o seu 1º pedido de impeachment, cuja solicitação foi por mim apresentada na Câmara dos Deputados, por absoluta necessidade de proteger a verdade.
O fato é que dessas 19 semanas iniciais (130 dias), temos uma fotografia sombria e totalmente pessimista a ser observada, o que faz aumentar ainda mais nossa responsabilidade dentro do parlamento brasileiro.
Evitar prejuízos e retrocessos será nossa constante missão em Brasília, mister difícil diante do inescrupuloso modelo político tradicionalmente adotado por Lula da Silva e seus auxiliares, mas com a união de esforços de um grupo importante e corajoso de opositores, seremos vencedores. Não tenho dúvida para o bem da nação brasileira.