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O agronegócio está fechado com Bolsonaro, afirma diretor da Sociedade Rural Brasileira

Imagem: Folha Pernambuco

Em entrevista à Folha de São Paulo, o diretor da Sociedade Rural Brasileira afirmou que o “Agronegócio está fechado com Bolsonaro”. 

Segundo Frederico D’avila, os ruralistas trocaram Alckmin por Bolsonaro e diz que tempo do tucano passou.

O isolamento do deputado do PSL-RJ permite que ele assuma posições defendidas pelo setor, como o reforço da segurança no campo contra roubos e invasões.

“Porque quando você quer juntar demais e desagradar de menos, você acaba sem margem, bem engessado. Isso é bem claro no meu setor. O Bolsonaro, até por não ter esse leque de alianças, pode se posicionar da maneira que bem entender. Ele abraçou as bandeiras do setor”. 

Ao ser questionado o motivo que levou a se aproximar de Bolsonaro, após tantos anos na órbita de Alckmin, o ruralista respondeu:

“[…] Estamos com o país na UTI e querem tratar o paciente com homeopatia. Nós precisamos é de antibiótico […]”. 

“[…] Esse presidencialismo de coalização não funciona. Você tem de dar ministério, cargo, secretaria em troca de apoio. Bolsonaro gosta do modelo americano, de 15 pastas”. 

“O sr. acha que, ganhando a eleição, Bolsonaro governa? Com o sistema existente?”, questionou à Folha ao ruralista e a resposta foi imediata.

“[…] Tem de haver outro meio, desse jeito não tem como continuar […]”

Frederico D’Ávila

Nasceu em 2 de novembro de 1977, em São Paulo. Graduou-se em direito pela FMU.

Produtor de grãos, é diretor da Sociedade Rural Brasileira.

Foi assessor especial de Geraldo Alckmin (2011-13) no governo de São Paulo e colaborador da campanha do tucano à Presidência. Ex-coordenador de agronegócio do PP, agora dirige o programa do PSL no setor.