Em entrevista à Folha de S. Paulo publicada neste sábado (13), a deputada federal Alê Silva (PSL-MG) afirmou ter recebido a informação de que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a ameaçou de morte em uma reunião com correligionários, ainda em março.
A deputada foi a primeira a relatar a existência do esquema envolvendo laranjas no PSL de Minas Gerais.
“Prometi na vida pública combater a corrupção e jamais iria me calar diante do surgimento de um foco de corrupção tão perto de mim. Senti-me na obrigação de levar os fatos ao conhecimento do Ministério Público. No início me mantive em silêncio por receio da reação dos envolvidos. Agora vieram sérias ameaças, que se concretizaram através de interlocutores do ministro”, disse à Folha.
Alê Silva ainda disse acreditar ser uma ameaça contra sua vida:
“É pesado [o relato que teria recebido]. Acredito que foi uma ameaça contra minha vida e a vida da minha família. De que minha vida correria risco, se eu levasse adiante isso. Sabia que iria correr esse risco, estou pagando o preço, mas não ia aceitar ficar submissa às ordens de pessoas que agem de forma que eu condeno, desviando recursos públicos.”
“Essa pessoa me disse que ele [Álvaro Antônio] falou assim: ‘Eu vou parar a minha vida para acabar com a vida dela’”, declarou.
A deputada já solicitou proteção policial.
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