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Aras diz que divulgação na íntegra de reunião ministerial criaria 'arsenal político' para 2022

PGR defendeu que apenas trechos do sigilo da conversa sejam divulgados.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu que sejam divulgados apenas trechos do vídeo de reunião ministerial do dia 22 de abril.

Para ele, a divulgação completa da gravação serviria de “arsenal de uso político, pré-eleitoral (2022), de instabilidade pública”.

Segundo Aras, “notadamente as que tratam da atuação da Polícia Federal, da ‘segurança’, do Ministério da Justiça, da Agência Brasileira de Inteligência e da alegada falta de informações de inteligência das agências públicas”.

Conforme registrou o Conexão Política, o relator do inquérito, Celso de Mello, havia solicitado na terça-feira (12) uma manifestação das partes sobre a divulgação, total ou parcial, do vídeo.

Aras expressou receio com a possibilidade do conteúdo ser manuseado como “pretexto para investigações genéricas sobre pessoas, falas, opiniões e modos de expressão totalmente diversas do objeto das investigações”.

De acordo com ele, “eventual divulgação das transcrições, ainda que involuntária, por esses motivos, pode acirrar desnecessariamente a disputa de versões entre os investigados, contribuindo para a politização da investigação, afastando dela o perfil exclusivamente técnico”.