Após 5 meses de investigação, a procuradoria-geral apresentou, nesta terça-feira (3), a conclusão do inquérito contra o governador de Nova York, Andrew Cuomo, do Partido Democrata.
Segundo o processo, restou concluído que ele assediou sexualmente 11 mulheres. No entanto, por ter sido de natureza civil, a apuração não irá resultar em nenhuma acusação criminal.
Durante pronunciamento ao vivo, a Promotoria afirmou que, além de violar legislações estaduais e federais, Cuomo promoveu um “clima de medo” e um ambiente de trabalho “tóxico” que permitiu os casos de assédio.
“Especificamente, a investigação descobriu que o governador Andrew Cuomo assediou sexualmente ex-funcionárias e mulheres que ainda trabalham para o estado de Nova York ao tocá-las de forma não consentida e ao fazer numerosos comentários ofensivos”, afirmou a procuradora-geral Letitia James, ao resumir o relatório de 168 páginas.
As autoridades que cuidaram do caso ouviram pelo menos 179 pessoas, tendo, entre elas, as ex-funcionárias que relataram os episódios de abuso.
Atuais funcionárias e ex-membros da Câmara Executiva, além de policiais federais, funcionários públicos e outras pessoas que interagiam regularmente com o mandatário também participaram de oitivas.