Em 2.097 cidades brasileiras foi relatada a recusa de vacina contra a Covid-19 nesta última semana.
O número corresponde a 74,2% das 2.826 prefeituras ouvidas na 17ª edição da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a pandemia. Em 689 municípios, as prefeituras não relataram esse tipo de situação.
O levantamento também detectou pessoas tentando escolher vacinas. Segundo a pesquisa, 2.109 (74,6%) cidades constataram esse tipo de postura. Outras 687 (24,3%) não informaram tais práticas por parte dos cidadãos.
Também foram reportados casos de pessoas que se recusam a tomar determinados imunizantes. As vacinas mais recusadas foram a CoronaVac, em 1.067 (50,6%), a Oxford/AstraZeneca, em 829 (39,3%) e, em menor proporção, a da Janssen, em 66 (3,1%).
As substâncias da Pfizer e da Janssen dominam a “preferência” do público, com rejeição mínima de 1,9% e 3,3%, respectivamente.
“Por razões distintas, as pessoas têm rejeitado alguns tipos de vacinas e preferido outras. A AstraZeneca foi a primeira vacina que sofreu com esse problema, quando surgiu a informação [de] que o imunizante poderia causar trombose. Agora as pessoas preferem a Pfizer e a Janssen. A primeira porque é bem aceita nos Estados Unidos e na Europa, e a segunda por ser uma dose única”, declarou Raphael Guimarães, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).