A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia aumentou a projeção para o crescimento da economia este ano e também para a inflação. As estimativas estão no Boletim Macrofiscal divulgado nesta quarta-feira (14).
A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,5% para 5,3% em 2021, em relação ao último boletim, divulgado em maio.
O aumento se deve à incorporação do resultado positivo do primeiro trimestre do ano, que “foi melhor que o esperado”, com alta de 1,2% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal, e superou as estimativas de mercado.
“Esse avanço se soma à retomada do crescimento observada nos dois trimestres anteriores, mesmo com o recrudescimento da pandemia de covid-19 no início deste ano”, afirma o boletim.
De acordo com o documento, os indicadores de confiança refletem melhoras nas expectativas dos empresários, com crescimento em todos as áreas, em especial no setor de serviços, e boas perspectivas para o segundo semestre, dado o avanço da vacinação da população e redução de medidas restritivas.
“Conforme o avanço da vacinação em massa, projeta-se crescimento do setor de serviços no segundo trimestre de 2021, que é de importância crucial para a retomada da atividade, do emprego e da renda da população brasileira”, acrescenta o texto.
A retomada do investimento em 2021 também é destaque, com alta de 43,6% na produção de bens de capital no acumulado do ano até maio deste ano, frente ao mesmo período do ano anterior. Segundo o boletim, essa recuperação contribuirá para a ampliação da capacidade produtiva neste e nos próximos anos.
Para o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, o caminho para o maior crescimento econômico passa ainda pela continuidade da agenda de reformas estruturais, políticas de consolidação fiscal, privatização e concessões e reformas pró-mercado, além da manutenção do ritmo de vacinação.
“Não há dúvidas, hoje a vacinação em massa é a melhor política econômica possível”, declarou Sachsida, durante coletiva virtual.
Para os próximos anos, de 2022 a 2025, a estimativa de crescimento do PIB se manteve em torno de 2,5%. A inflação, por sua vez, “converge para o centro da meta a partir de 2022 (3,5%)”, de acordo com o documento.