O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara aprovou, nesta última terça-feira (29), pelo placar de 13 votos a 3, a suspensão por dois meses do mandato do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).
A defesa do congressista teria cinco dias para recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), contando da data da publicação da decisão, mas abiu mão do prazo recursal. Agora, a decisão final caberá agora ao Plenário da Câmara.
Neste processo, Silveira responde por ter gravado e divulgado uma reunião do Partido Social Liberal (PSL), em 2019, quando se discutiu a permanência ou não do deputado Delegado Waldir (PSL-GO) no cargo de líder do partido.
OUTRO LADO
Daniel Silveira argumentou que a situação é uma questão interna do partido e que a reunião não era secreta. Segundo o deputado, a divulgação do áudio foi em “legítima defesa do presidente Jair Bolsonaro”.
Na época, Silveira admitiu ter gravado a reunião em que Delegado Waldir chama o chefe do Executivo de “vagabundo” e fala que vai “implodir o presidente”.
Na visão dele, o objetivo foi “blindar” Bolsonaro na guerra declarada contra o presidente da sigla, deputado Luciano Bivar (PSL-PE).