Durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o deputado estadual Fausto Junior (MDB-AM) mencionou o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), dizendo ter encontrado irregularidades na área da saúde durante o governo do congressista, de 2011 a 2013.
“O certo era para ser indiciado, inclusive, o ex-governador Omar Aziz, pela gestão dele na saúde –inclusive o ex-governador Omar Aziz–, e não somente o governador Wilson Lima, pois todos têm participação”, disse Fausto, após ser questionado sobre o porquê de não ter pedido o indiciamento do atual chefe do Executivo amazonense.
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Fausto iniciou seu depoimento à comissão alegando que as apurações da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM) descobriram milhões de reais gastos de 2011 a 2020 com pagamentos indenizatórios na área da saúde.
“R$1,5 bilhão de pagamentos indenizatórios na saúde, detectados com indícios de corrupção no período de 2011 a 2020, e, deste valor, R$407 milhões em pagamentos indenizatórios detectados com esses indícios de corrupção tão somente no atual governo até a conclusão da CPI”, garantiu o deputado estadual.
Após ser mencionado, Aziz partiu para cima do parlamentar questionando as acusações. “O senhor está aqui como testemunha e o senhor se comporte”, disparou. Em sua defesa, o senador disse não ser o responsável direto pelos pagamentos, uma vez que quem faz esses procedimentos são as secretarias de governo.
Esse argumento foi utilizado pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO) para defender a conduta do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia. “A mesma lógica que ele sustenta aqui na CPI não vale para o presidente da República. No caso do presidente da República, querem atribuir a ele a responsabilidade de tudo que acontece nas minúcias do Ministério da Saúde. Veja que hoje está sendo um dia muito importante”, declarou.
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