A Receita Federal decidiu encaminhar ao Ministério Público Federal (MPF) uma ‘representação fiscal para fins penais’ contra a Rede Globo.
As informações foram divulgadas, com exclusividade, pelo site Notícias da TV, especializado em notícias do segmento midiático.
O material veiculado pelo site aponta os nomes dos executivos do alto escalão que seriam os responsáveis pelas contratações.
Ao MPF, a Receita afirmou que os prestadores de serviço, classificados como sujeito passivo, teriam atuado “em conluio com a Globo” para compor a relação de trabalho, visando pagar menos impostos.
No documento, a Receita diz que os contratados simularam o recebimento de valores utilizando-se do “estratagema da pejotização”.
De acordo com o Fisco, quatro diretores da Globo seriam os responsáveis por responder por essas contratações, sendo que dois deles ainda continuam na emissora. São eles:
Jorge Nóbrega — presidente do Grupo Globo desde 2017;
Marcelo Soares — diretor-geral da Som Livre desde 2011.
Os outros dois nomes já deixaram a empresa. São eles:
Carlos Henrique Schroder — responsável pela direção-executiva de Criação e Produção de Conteúdo de 2020 até junho de 2021 e diretor-geral da TV Globo entre 2013 e 2019;
Rossana Fontenele — diretora executiva de Estratégia e Tecnologia.
Ainda segundo o site, a Receita utilizou como base a lei da sonegação fiscal (Lei 8.137/1990) para apontar que o veículo de comunicação os artistas investigados praticaram crime contra a ordem tributária.
O Fisco mostra que os envolvidos infringiram regras como “omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias, com pena de dois a cinco anos de prisão e multa”.
Além disso, eles estão sendo acusados de “fraudar fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal”.
Em nota, a Globo afirmou que todas as formas de contratação praticadas pela empresa estão dentro da lei e todos os impostos incidentes são pagos regularmente.
Apesar disso, enfatizou que “assim como qualquer empresa, a Globo é passível de fiscalizações, tendo garantido por lei também o direito de questionar, em sua defesa, possíveis cobranças indevidas”, disse ao Notícias da TV.
A reportagem completa você confere aqui.