Após um período de 10 anos, o Brasil conseguiu garantir uma vaga para ocupar um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas no biênio 2022-2023.
O país vai integrar o colegiado depois de receber 181 votos na eleição que ocorreu nesta sexta-feira (11) em Nova York, durante a 75ª Assembleia Geral da ONU.
Albânia, Emirados Árabes Unidos, Gabão e Gana também foram eleitos.
O Conselho de Segurança é composto por 15 países com direito a voto. Mas somente Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, China e Rússia são membros permanentes e têm poder de veto.
Os outros 10 assentos são temporários, cumprindo mandatos rotativos e de dois anos.
Sob efeito da recente conquista, o governo brasileiro vai buscar garantir um assento permanente no conselho.
O país integra, inclusive, o G4, grupo formado também por Japão, Alemanha e Índia.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que o país “tentará traduzir em contribuições tangíveis a defesa da paz e da solução pacífica das controvérsias”, além de “fortalecer as missões de paz da ONU e defender os mandatos que corroborem a interdependência entre segurança e desenvolvimento”.
Nas redes sociais, autoridades internacionais falaram sobre o retorno do Brasil.
Para Tod Chapman, embaixador dos Estados Unidos no Brasil, “não há dúvida de que [os representantes brasileiros] vão deixar sua impressão digital única como parte do Conselho de Segurança da ONU”.
Ele parabenizou o país e disse que espera “trabalhar também nessa esfera importante”.
Já Erica Barks-Ruggles, diplomata e ex-embaixadora dos Estados Unidos em Ruanda, afirmou que está ansiosa para iniciar os trabalhos com os novos representantes.
“Parabéns à Albânia, Brasil, Gabão, Gana e Emirados Árabes Unidos pela eleição como membros do Conselho de Segurança da ONU, para o mandato 2022-23. Estamos ansiosos para trabalhar de perto com vocês!”, escreveu.