O Colégio Pedro II (CPII), no Rio de Janeiro/RJ, conhecido por ser palco de polêmicas como a liberação do uso de saias para meninos e a realização de eventos com exaltação ao socialismo, informou que terá dificuldades para manter suas atividades a partir de setembro.
A diretoria coloca a culpa no bloqueio de mais de R$ 7 milhões no orçamento destinado às despesas de manutenção. Em nota, o colégio disse que o bloqueio impede que a instituição cumpra os compromissos já assumidos.
“O colégio teve uma redução de, aproximadamente, 3,5% em seu orçamento de custeio, que tinha previsão de R$ 40.710.407 e caiu para R$ 39.313.375, com a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA). Após o corte, o MEC ainda anunciou um bloqueio de 18,13% do orçamento de custeio, que representa R$ 7.128.795 do valor destinado ao pagamento de serviços continuados, como limpeza e vigilância, contas de água, luz, telefone e internet, compra de materiais de consumo e realização de obras de conservação”, afirmou a reitoria.
A instituição disse ainda que não recebeu recursos do orçamento previsto para investimentos, em total de R$ 989 mil, para custear melhorias nos campi e para comprar equipamentos, além de valores de emendas parlamentares de 2020. Segundo o reitor da instituição, Oscar Halac, o CPII está inadimplente, com fornecedores de obras já contratadas em torno de R$ 2 milhões.
Procurado, o Ministério da Educação informou que seu próprio orçamento sofreu cortes para 2021 e que o valor foi menor do que o do ano passado. Com isso, as unidades vinculadas à pasta foram impactadas com reduções de verba. A assessoria do MEC destacou que “mantém interlocução” com a equipe econômica do Executivo “em busca de melhoria no contexto orçamentário atual para pasta”.