Grande processadora de carnes, a empresa brasileira JBS foi vítima de um ataque cibernético que a obrigou a fechar todos os seus itens de manufatura em todo o mundo. Isso inclui os EUA, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, México, Porto Rico, Brasil, França, Reino Unido e Holanda.
Informações preliminares apontam que o malware conseguiu se desdobrar como um worm (software malicioso se instala no computador e se multiplica sozinho) na comunidade mundial de empresas corporativas. Um porta-voz da companhia disse que no momento ainda não foi possível apresentar um retorno estimado à situação regular.
De acordo com a ABC Radio Brisbane, que contatou o CEO da JBS Australia, Brent Eastwood, haverá uma interrupção no fornecimento de carne ao mercado. No entanto, os especialistas na área não consideram que provavelmente haverá alguma escassez em qualquer caso.
Os 6.700 funcionários da agência dentro do país terão que permanecer em casa por enquanto. A grande maioria das instalações de processamento de carne funcionam em uma associação de aluguel, o que significa que eles não receberão uma comissão enquanto durar a interrupção. Quanto ao gado, os animais provavelmente serão devolvidos aos piquetes e confinamentos no período.
Com a pecuária sendo responsável por uma boa parte do PIB das nações onde a JBS domina o mercado, provavelmente haverá uma impressão perceptível em seu sistema econômico se a ruptura durar mais do que alguns dias. Na Austrália, a pecuária responde por 2% do PIB nacional, no Brasil é 7% e, nos Estados Unidos, o comércio de gado tem um preço em torno de US $ 50 bilhões. Afinal, a JBS não é a única participante nesta área, mas mesmo assim é a empresa de processamento de carnes mais importante do mundo, trabalhando em um total de 150 safras industriais.
Por enquanto, a JBS não publicou um comunicado à imprensa sobre a invasão cibernética, por isso ainda não há detalhes sobre o que exatamente ocorreu e quem é o responsável por este grande ataque.