O ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Netto, e o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, se reuniram nesta última segunda-feira (24) para avaliar o comportamento do general Eduardo Pazuello, que ainda é um nome da ativa.
No domingo (23), Pazuello marcou presença em um palanque político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro. O gesto foi interpretado como uma transgressão disciplinar, de acordo militares da cúpula militar.
Conforme antecipou o Conexão Política, o Exército decidiu abrir uma apuração disciplinar para investigar a conduta do ex-ministro da Saúde.
Internamente, há especulações de que o militar receba punição de forma imediata.
Pazuello teria infringido o Regulamento Disciplinar do Exército, que considera transgressão: “Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária.”
De acordo com o estatuto, “são proibidas quaisquer manifestações coletivas, tanto sobre atos de superiores quanto as de caráter reivindicatório ou político”.
A partir de agora, Pazuello deve apresentar uma defesa por escrito sobre o episódio. A medida ocorre dentro de um procedimento formal.
Com base nos protocolos internos da corporação, ao militar acusado é fornecido um formulário de apuração de transgressão disciplinar, para que apresente suas alegações.
Essas justificativas devem ser escritas de próprio punho ou impressas, constando as assinaturas obrigatórias. O prazo-resposta é de três dias úteis.