O ex-ministro Eduardo Pazuello disse à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, nesta quarta-feira (19), que o Ministério da Saúde não era “obrigado a seguir nenhum tipo de orientação” da Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Nós não somos obrigados a seguir nenhum tipo de orientação de OMS ou de ONU ou de lugar nenhum. Nós somos soberanos”, afirmou o general.
“As organizações como a OMS, Opas [Organização Pan-Americana da Saúde] […] estavam presentes diariamente conosco no ministério e elas basicamente não impõem. A OMS e a Opas não impõem nada para nós. Nossa decisão é plena, o Brasil é soberano para tomar suas decisões em qualquer área, inclusive saúde”, acrescentou.
Pazuello ainda citou as incongruências nas posições da OMS. De acordo com ele, as recomendações da entidade não eram contínuas e, ainda assim, foram usadas para “amparar o processo decisório” da pasta.
“As posições da OMS, como colocou o ministro Ernesto [Araújo, ex-chanceler], como nós acompanhamos, eram posições que iam e vinham, não eram posições contínuas, pela própria incerteza da situação. Então, nós usávamos as posições da OMS para amparar o nosso processo decisório”, declarou.